Tuesday, October 28, 2003
O meu top de albuns
Estes são os albuns que mais me marcaram.
Brave - Marillion (1994)
Afraid of Sunlight - Marillion (1995)
Seasons End - Marillion (1989)
New Gold Dream - Simple Minds (1982)
Sparkle in the Rain - Simple Minds (1983)
A Momentary Lapse of Reason - Pink Floyd (1987)
Rio - Duran Duran (1982)
Duke - Genesis (1980)
Awake - Dream Theater (1994)
Falling into Infinity - Dream Theater (1997)
Há mais mas se tiver de escolher alguns, estes estão lá sempre!
JM
Brave - Marillion (1994)
Afraid of Sunlight - Marillion (1995)
Seasons End - Marillion (1989)
New Gold Dream - Simple Minds (1982)
Sparkle in the Rain - Simple Minds (1983)
A Momentary Lapse of Reason - Pink Floyd (1987)
Rio - Duran Duran (1982)
Duke - Genesis (1980)
Awake - Dream Theater (1994)
Falling into Infinity - Dream Theater (1997)
Há mais mas se tiver de escolher alguns, estes estão lá sempre!
JM
Monday, October 27, 2003
27 Outubro 1918 - Captn William Barker
A 15 dias do final da Grande Guerra, o Capitão William Barker era um dos maiores ases Aliados. Natural do Canada, Barker, de apenas 24 anos, aviador desde 1916, tendo sido piloto de aviões de reconhecimento em França durante 1916 e 1917, onde foi ferido. Em finais de 1917 tornou-se piloto de caça no Squadron nº 66 onde pilotava o famoso caça Camel. No entanto antes do final do ano a esquadrilha foi transferida da França para Itália, onde iriam ajudar a força áerea italiana contra os Austro-Hungaros.
Foi nesse teatro de guerra que Barker se tornou um dos maiores ases da guerra. Tomou o comando da sua esquadrilha e ate setembro de 1918 obteve cerca de 50 vitorias sobre a aviação Autro-Hungara, entre eles um dos seus maiores ases Oberleutnant Frank Lincke-Crawford.
Assim em inicios de Outubro, Barker tinha 50 vitórias, todas elas conseguidas no mesmo avião. De facto o seu Camel, foi o avião que mais vitórias conseguiu em combate em toda a guerra e ainda hoje se encontra exposto num museu em inglaterra.
Barker terminou assim a sua comissão de serviço e foi designado como instrutor. Mas Achando que necessitava de se exercitar nas tácticas de combate da frente Oeste decidiu colocar-se uma semana no Squadron nº201 em frança. Esta unidade operava o sucessor do Camel, o Snipe, e Barker começou a voarpatrulhas regulares com a esquadrilha durante o mês de Outubro.
A guerra estava no fim e a superioridade aérea aliada era imensa. Assim os alemães raramente se aventuravam sobre a frente de combate a não ser agrupados em grande numero. Por conseguinte, Barker, durante todo o tempo que lá esteve não encontrou um unico avião inimigo.
No dia 27 de Outubro de 1918, Barker preparava-se para a sua ultima patrulha da guerra, antes de regressar á inglaterra para se tornar instrutor.
Partiu sozinho no seu Snipe. Eram 7 da manhã e Barker procurava ansiosamente algum avião inimigo que pudesse abater como despedida.
Finalmente encontrou um avião inimigo de observação, o qual atacou e abateu em chamas. Enquanto observava a sua vítima a cair foi atacado por um caça inimigo e foi ferido numa perna. Barker manobrou rapidamente o seu Snipe e abateu o avião alemão. Foi entao que se apercebeu que estava a ser atacado por uma formação de cerca de 60 caças inimigos.
Os tiros vinham de todas as direcções e Barker foi ferido varias vezes. Em desespero e em grandes dores, Barker manobrou o seu agil aparelho disparando sempre e conseguiu danificar seriamente dois Fokkers que caíram fora de controle.
Barker perdeu entao a consciencia e o seu avião caíu sem controle até que o ar frio o reanimou e conseguiu retomar o controle. Os alemães começaram a guardar prudente distância até que um deles atacou Barker isolado e novamente atingiu Barker, mas este respondeu ao fogo, e o Fokker perdeu uma asa e caíu.
Barker estava agora gravemente ferido. Um dos seus ombros estava desfeito, e ambas as pernas estavam crivadas de balas. Barker tentou dirigir o seu avião para as linhas inglesas em grande esforço, sempre atacado pelos aviões inimigos até que o Snipe se despenhou nas trincheiras inglesas, de onde os soldados dispararam e afugentaram os Fokkers.
A luta tinha sido presenciada por todos os soldados de ambos os lados e a excitação era enorme. Um caça inglês defrontara 60 inimigos! Conseguiram tirar Barker do Snipe com vida apesar das suas terríveis feridas.
Este foi um dos mais famosos combates aereos da Grande Guerra e ficou conhecido como "One against Sixty".
Barker nunca recuperou totalmente. Perdeu o uso de um dos braços e coxeou até ao fim da vida, sempre em dores constantes.
Pelo que fez no dia 27 de Outubro de 1918, Barker recebeu a Victoria Cross, o mais alto galardão militar do Reino Unido.
Barker morreu em 1930.
Para mais informações visite:
http://www.410wing.cyberus.ca/barkerbio.html
JM
Foi nesse teatro de guerra que Barker se tornou um dos maiores ases da guerra. Tomou o comando da sua esquadrilha e ate setembro de 1918 obteve cerca de 50 vitorias sobre a aviação Autro-Hungara, entre eles um dos seus maiores ases Oberleutnant Frank Lincke-Crawford.
Assim em inicios de Outubro, Barker tinha 50 vitórias, todas elas conseguidas no mesmo avião. De facto o seu Camel, foi o avião que mais vitórias conseguiu em combate em toda a guerra e ainda hoje se encontra exposto num museu em inglaterra.
Barker terminou assim a sua comissão de serviço e foi designado como instrutor. Mas Achando que necessitava de se exercitar nas tácticas de combate da frente Oeste decidiu colocar-se uma semana no Squadron nº201 em frança. Esta unidade operava o sucessor do Camel, o Snipe, e Barker começou a voarpatrulhas regulares com a esquadrilha durante o mês de Outubro.
A guerra estava no fim e a superioridade aérea aliada era imensa. Assim os alemães raramente se aventuravam sobre a frente de combate a não ser agrupados em grande numero. Por conseguinte, Barker, durante todo o tempo que lá esteve não encontrou um unico avião inimigo.
No dia 27 de Outubro de 1918, Barker preparava-se para a sua ultima patrulha da guerra, antes de regressar á inglaterra para se tornar instrutor.
Partiu sozinho no seu Snipe. Eram 7 da manhã e Barker procurava ansiosamente algum avião inimigo que pudesse abater como despedida.
Finalmente encontrou um avião inimigo de observação, o qual atacou e abateu em chamas. Enquanto observava a sua vítima a cair foi atacado por um caça inimigo e foi ferido numa perna. Barker manobrou rapidamente o seu Snipe e abateu o avião alemão. Foi entao que se apercebeu que estava a ser atacado por uma formação de cerca de 60 caças inimigos.
Os tiros vinham de todas as direcções e Barker foi ferido varias vezes. Em desespero e em grandes dores, Barker manobrou o seu agil aparelho disparando sempre e conseguiu danificar seriamente dois Fokkers que caíram fora de controle.
Barker perdeu entao a consciencia e o seu avião caíu sem controle até que o ar frio o reanimou e conseguiu retomar o controle. Os alemães começaram a guardar prudente distância até que um deles atacou Barker isolado e novamente atingiu Barker, mas este respondeu ao fogo, e o Fokker perdeu uma asa e caíu.
Barker estava agora gravemente ferido. Um dos seus ombros estava desfeito, e ambas as pernas estavam crivadas de balas. Barker tentou dirigir o seu avião para as linhas inglesas em grande esforço, sempre atacado pelos aviões inimigos até que o Snipe se despenhou nas trincheiras inglesas, de onde os soldados dispararam e afugentaram os Fokkers.
A luta tinha sido presenciada por todos os soldados de ambos os lados e a excitação era enorme. Um caça inglês defrontara 60 inimigos! Conseguiram tirar Barker do Snipe com vida apesar das suas terríveis feridas.
Este foi um dos mais famosos combates aereos da Grande Guerra e ficou conhecido como "One against Sixty".
Barker nunca recuperou totalmente. Perdeu o uso de um dos braços e coxeou até ao fim da vida, sempre em dores constantes.
Pelo que fez no dia 27 de Outubro de 1918, Barker recebeu a Victoria Cross, o mais alto galardão militar do Reino Unido.
Barker morreu em 1930.
Para mais informações visite:
http://www.410wing.cyberus.ca/barkerbio.html
JM
Thursday, October 16, 2003
5 de Outubro (opinião)
Referente ao meu artigo sobre o 5 de Outubro(do mesmo dia) recebi um comentário de um leitor, que passo a citar:
"Claro que a data de 5 de Outubro de 1910 é uma data de miséria....
introduziu em Portugal inumeros pseudo-governos Republicanos de
duração efemera os quais constituiram terreno fértil para a tomada de
poder por Salazar... isto quando Portugal estava numa situação priveligiada
duma monarquia moderna europeia, um governo constitucional estavel e
com uma base politica bem organisada de quatro ou cinco partidos, uma
situação não muito diferente da encontrada em paises nordicos, ou Inglaterra,
Holanda, etc. Se tivessemos continuado nessa rota não seriamos o pais pobre
da Europa que somos.. e francamente por muito que me custe dizer
Portugal não tinha não perto nem longe o poderio politico ou colonial para
fazer as exigencias do mapa cor-de-rosa e D. Carlos fez bem em admitir que
não seria possivel levar essa exigencia avante... "
Publico-a não estando totalmente em acordo nem totalmente em desacordo. Quaisquer outras opiniões sobre qualquer dos artigos é benvinda. Um agradecimento ao Pedro que contribuiu com este ponto de vista.
JM
"Claro que a data de 5 de Outubro de 1910 é uma data de miséria....
introduziu em Portugal inumeros pseudo-governos Republicanos de
duração efemera os quais constituiram terreno fértil para a tomada de
poder por Salazar... isto quando Portugal estava numa situação priveligiada
duma monarquia moderna europeia, um governo constitucional estavel e
com uma base politica bem organisada de quatro ou cinco partidos, uma
situação não muito diferente da encontrada em paises nordicos, ou Inglaterra,
Holanda, etc. Se tivessemos continuado nessa rota não seriamos o pais pobre
da Europa que somos.. e francamente por muito que me custe dizer
Portugal não tinha não perto nem longe o poderio politico ou colonial para
fazer as exigencias do mapa cor-de-rosa e D. Carlos fez bem em admitir que
não seria possivel levar essa exigencia avante... "
Publico-a não estando totalmente em acordo nem totalmente em desacordo. Quaisquer outras opiniões sobre qualquer dos artigos é benvinda. Um agradecimento ao Pedro que contribuiu com este ponto de vista.
JM
Tuesday, October 14, 2003
14 Outubro 1918 - Willy Coppens
Um mes antes do fim da Primeira Grande Guerra, os combates aereos eram intensos sobre a trincheiras. As escassas esquadrilhas de caça alemãs(Jastas) lutavam deseperadamente contra a aviação aliada que os superava imensamente em numero.
Neste dia o maior ás Belga, o Major Willy Coppens partiu para mais uma das suas expedições em busca de balões de observação alemães. Já tinha destruído mais de trinta. Á s 6 da manhã avistou o seu alvo e com a sua perícia de veterano manobrou o seu frágil Hanriot pelo meio do fogo anitaéreo alemão e destruiu o seu alvo. Mas esta seria a sua ultima missão. Uma bala inimiga despedaçou-lhe a perna direita. No entanto conseguiu levar o seu avião de volta á base e assinalar o seu 37º sucesso em combate. O ferimento era no entanto grave e mais tarde a sua perna teve de ser amputada. O Major Coppens foi um heroi nacional da Belgica e morreu a 21 de Dezembro de 1986 com 94 anos.
JM
Neste dia o maior ás Belga, o Major Willy Coppens partiu para mais uma das suas expedições em busca de balões de observação alemães. Já tinha destruído mais de trinta. Á s 6 da manhã avistou o seu alvo e com a sua perícia de veterano manobrou o seu frágil Hanriot pelo meio do fogo anitaéreo alemão e destruiu o seu alvo. Mas esta seria a sua ultima missão. Uma bala inimiga despedaçou-lhe a perna direita. No entanto conseguiu levar o seu avião de volta á base e assinalar o seu 37º sucesso em combate. O ferimento era no entanto grave e mais tarde a sua perna teve de ser amputada. O Major Coppens foi um heroi nacional da Belgica e morreu a 21 de Dezembro de 1986 com 94 anos.
JM
Monday, October 13, 2003
Discriminar
A meio de uma conversa com uma pessoa amiga surge-me este frase "É impossível não discriminar".
Geralmente não tenho ideia das minhas opiniões até que as expresso, e neste caso senti-me realmente surpreendido por este frase me ter saído quase que espontaneamente no encadeamento da conversa. Nesse contexto deve ter tido um certo significado, mas pegando nela isoladamente não terá o mesmo certamente.
Sempre me irritaram as pessoas demasiado boazinhas ou demasiado tolerantes. Não há ninguém que não seja um pouco invejoso ou um pouco xenófobo. No fim de contas cada um se preocupa consigo próprio e na maioria dos casos esse altruísmo que vemos nos actos de solidadriedade ou nas expressões de desdenho por actos de egoísmo, não é mais que a nossa necessidade de compaixão pelos outros para no fundo ficarmos bem dcom a nossa consciencia.
Acredito que se fosse possível resolver certos problemas já os teríamos resolvido, ou então somos todos um bando de hipócritas.
Isto tudo para dizer que eu não tenho medo nem vergonha de, quando é preciso discriminar ou pelo menos achar mal certas coisas que normalmente são mal vistas(o chamado politicamente incorrecto).
Muitos amigos meus me acusam de estar sempre do contra, e de ser polémico. Qual é o gozo de estar de acordo?? Além disso, gosto de defender e ser das minorias, não as étnicas mas as ideologicas, porque senão não poderia discriminar!
JM
Geralmente não tenho ideia das minhas opiniões até que as expresso, e neste caso senti-me realmente surpreendido por este frase me ter saído quase que espontaneamente no encadeamento da conversa. Nesse contexto deve ter tido um certo significado, mas pegando nela isoladamente não terá o mesmo certamente.
Sempre me irritaram as pessoas demasiado boazinhas ou demasiado tolerantes. Não há ninguém que não seja um pouco invejoso ou um pouco xenófobo. No fim de contas cada um se preocupa consigo próprio e na maioria dos casos esse altruísmo que vemos nos actos de solidadriedade ou nas expressões de desdenho por actos de egoísmo, não é mais que a nossa necessidade de compaixão pelos outros para no fundo ficarmos bem dcom a nossa consciencia.
Acredito que se fosse possível resolver certos problemas já os teríamos resolvido, ou então somos todos um bando de hipócritas.
Isto tudo para dizer que eu não tenho medo nem vergonha de, quando é preciso discriminar ou pelo menos achar mal certas coisas que normalmente são mal vistas(o chamado politicamente incorrecto).
Muitos amigos meus me acusam de estar sempre do contra, e de ser polémico. Qual é o gozo de estar de acordo?? Além disso, gosto de defender e ser das minorias, não as étnicas mas as ideologicas, porque senão não poderia discriminar!
JM
Thursday, October 09, 2003
A Primeira Cruzada (parte 3 e ultima)
Após a batalha por Antioquia, os Cruzados ficaram na cidade durante o Verão tentando recuperar-se da difícil campanha. Mas a estadia não iria ser nada agradável. Uma peste deflagrou na cidade e causou numerosas vitímas no exército. O líder da Cruzada, o bispo Ademar de Monteil foi uma delas. A sua morte foi grave para o moral e provocou a desunião entre os barões francos que rivalizavam pelo comando. Muitos deles preocupavam-se mais com os aspectos materiais da campanha do que própriamente com os objectivos religiosos, tentando assegurar saques e dominios próprios.
Só a 15 de Janeiro é que Raimundo de Toulouse decide quebrar o impasse e partir por sua conta para Jerusalém, o objectivo final da Cruzada. A sua partida influencia os outros e pouco tempo depois partem também Godofredo, Boemundo e Robert. A 6 de junho de 1099 as unidades mais avançadas chegam a Emaús e avistam pela primeira vez a cidade de Jerusalém. O avistamento da cidade renova totalmente o espírito dos cruzados que se enchem de empenho para tomar a cidade.
Assim os vários exércitos dispõem-se á volta da cidade. Raimundo de Toulouse coloca-se a Sul, Robert Courtheuse e Robert da Flandres a Norte e Godofredo de Bulhão e Tancredo de Hauteville a Oeste.
A escassez de recursos significava falta de madeira e homens para construir armas de assalto como catapultas e torres. Este problema foi resolvido com a chegada de marinheiros genoveses á costa que desembaracaram e, sob o comando do Capitão Guilherme Ricou construiram poderosas torres de assalto e catapultas.
Assim preparados os Cruzados começaram a fustigar as grandes muralhas da cidade com os seus projecteis durante semanas.
Finalmente a 15 de Julho de 1099, deu-se o ataque final. No alto de uma torre de assalto, Godofredo de Bulhão e o seu irmão Eustáquio, foram os primeiros a pisar as muralhas, liderando o ataque á cidade. Uma vez no interior, os cruzados chacinaram a população e os defensores não poupando ninguém. Ainda decorria o massacre, quando os cavaleiros chegaram á Igreja de Jerusálem e aí, no meio de uma inaudita batalha se ajoelharam a rezar.
A tomada de Jerusalém significou o sucesso completo da Cruzada e teve enormes repecurssões tanto no Médio Oriente como na Europa onde a notícia foi recebida com júbilo. Finalmente a Cidade Santa havia sido retomada aos Infiéis.
Após o objectivo atingido, os Barões reclamaram a sua reompensa tornando-se senhores das terras que haviam conquistado.
Godofredo de Bulhão tornou-se o primeiro Rei de Jerusalém até á sua morte em Julho de 1100.
Balduino de Bolonha permaneceu em Edessa, nao tendo participado na tomada de Jerusalém e foi rei também até
1100.
Boemondo de Tarento, tornou-se rei de Antióquia até 1111.
Raimundo de Toulouse, não tendo dominio próprio tentou apossar-se de Tripoli, no entanto morreu durante o cerco. A cidade foi conquistada em 1109.
Assim pode-se dizer que a Primeira Cruzada foi um sucesso. Os objectivos foram plenamente alcançados, se bem que a alto custo. Papel fundamental tiveram nela, além dos barões, as Ordens militares religiosas dos Templários e Hospitalários, cavaleiros-monjes que tinham como unico objectivo a defesa da Terra Santa das mãos dos Infiéis. Jerusalém, Antióquia, Tripoli e Edessa tornaram-se reinos cristãos no Medio Oriente e centros de defesa da terra santa contra a enorme pressão exercida na região pelos Turcos e pelos Árabes nos anos seguintes.
JM
Só a 15 de Janeiro é que Raimundo de Toulouse decide quebrar o impasse e partir por sua conta para Jerusalém, o objectivo final da Cruzada. A sua partida influencia os outros e pouco tempo depois partem também Godofredo, Boemundo e Robert. A 6 de junho de 1099 as unidades mais avançadas chegam a Emaús e avistam pela primeira vez a cidade de Jerusalém. O avistamento da cidade renova totalmente o espírito dos cruzados que se enchem de empenho para tomar a cidade.
Assim os vários exércitos dispõem-se á volta da cidade. Raimundo de Toulouse coloca-se a Sul, Robert Courtheuse e Robert da Flandres a Norte e Godofredo de Bulhão e Tancredo de Hauteville a Oeste.
A escassez de recursos significava falta de madeira e homens para construir armas de assalto como catapultas e torres. Este problema foi resolvido com a chegada de marinheiros genoveses á costa que desembaracaram e, sob o comando do Capitão Guilherme Ricou construiram poderosas torres de assalto e catapultas.
Assim preparados os Cruzados começaram a fustigar as grandes muralhas da cidade com os seus projecteis durante semanas.
Finalmente a 15 de Julho de 1099, deu-se o ataque final. No alto de uma torre de assalto, Godofredo de Bulhão e o seu irmão Eustáquio, foram os primeiros a pisar as muralhas, liderando o ataque á cidade. Uma vez no interior, os cruzados chacinaram a população e os defensores não poupando ninguém. Ainda decorria o massacre, quando os cavaleiros chegaram á Igreja de Jerusálem e aí, no meio de uma inaudita batalha se ajoelharam a rezar.
A tomada de Jerusalém significou o sucesso completo da Cruzada e teve enormes repecurssões tanto no Médio Oriente como na Europa onde a notícia foi recebida com júbilo. Finalmente a Cidade Santa havia sido retomada aos Infiéis.
Após o objectivo atingido, os Barões reclamaram a sua reompensa tornando-se senhores das terras que haviam conquistado.
Godofredo de Bulhão tornou-se o primeiro Rei de Jerusalém até á sua morte em Julho de 1100.
Balduino de Bolonha permaneceu em Edessa, nao tendo participado na tomada de Jerusalém e foi rei também até
1100.
Boemondo de Tarento, tornou-se rei de Antióquia até 1111.
Raimundo de Toulouse, não tendo dominio próprio tentou apossar-se de Tripoli, no entanto morreu durante o cerco. A cidade foi conquistada em 1109.
Assim pode-se dizer que a Primeira Cruzada foi um sucesso. Os objectivos foram plenamente alcançados, se bem que a alto custo. Papel fundamental tiveram nela, além dos barões, as Ordens militares religiosas dos Templários e Hospitalários, cavaleiros-monjes que tinham como unico objectivo a defesa da Terra Santa das mãos dos Infiéis. Jerusalém, Antióquia, Tripoli e Edessa tornaram-se reinos cristãos no Medio Oriente e centros de defesa da terra santa contra a enorme pressão exercida na região pelos Turcos e pelos Árabes nos anos seguintes.
JM
Monday, October 06, 2003
Apartidário
Gostava aqui de referir que este blog pretende ser completamente livre de influencias ideologicas de qualquer especie, e apenas reflecte as opiniões pessoais.
Escolher á partida uma ideologia, na minha opinião, é estar a limitar e rotular um conjunto de opiniões que podem ser bastante heterogéneas. Falo por experência, visto que ao longo da minha vida vejo coisas em quase todas as facções partidárias com as quais concordo ou discordo, afinal somos todos humanos e todos buscamos o mesmo. Apenas a forma difere.
Penso que em Portugal a política é vista como um clubismo. Defendemos o nosso partido ou ideologia como se fosse um clube de futebol e tornamo-nos por vezes cegos se existe alguma falha ou incongruência por parte daqueles que apoiamos. Prefere-se atacar os outros com as falhas deles em vez de se corrigirem os próprios erros. Isto gera um ciclo vicioso que, na minha opinião, é uma das causas do descrédito político que há em Portugal.
Gosto, de política, mas não gosto de politiquices. A política é e sempre foi parte essencial da civilização humana, mas defender uma ideologia cegamente leva a mais males que bens. É claro que temos de optar, mas que seja pelas razões certas.
JM
Escolher á partida uma ideologia, na minha opinião, é estar a limitar e rotular um conjunto de opiniões que podem ser bastante heterogéneas. Falo por experência, visto que ao longo da minha vida vejo coisas em quase todas as facções partidárias com as quais concordo ou discordo, afinal somos todos humanos e todos buscamos o mesmo. Apenas a forma difere.
Penso que em Portugal a política é vista como um clubismo. Defendemos o nosso partido ou ideologia como se fosse um clube de futebol e tornamo-nos por vezes cegos se existe alguma falha ou incongruência por parte daqueles que apoiamos. Prefere-se atacar os outros com as falhas deles em vez de se corrigirem os próprios erros. Isto gera um ciclo vicioso que, na minha opinião, é uma das causas do descrédito político que há em Portugal.
Gosto, de política, mas não gosto de politiquices. A política é e sempre foi parte essencial da civilização humana, mas defender uma ideologia cegamente leva a mais males que bens. É claro que temos de optar, mas que seja pelas razões certas.
JM
5 de Outubro 1910
Resultado de um movimento que ganhara força 20 anos antes com o Ultimato inglês, chamado Republicanismo, no dia 5 de Ouubro de 1910 foi instaurada a Republica em Portugal após uma breve e violenta Revolução. o rei D. Manuel II, segundo filho do Rei D.Carlos fugiu para o exílio em Inglaterra.
Em termos políticos considero esta a segunda data mais importante do século XX português apenas suplantada pelo 25 de Abril de 1974.
JM
Em termos políticos considero esta a segunda data mais importante do século XX português apenas suplantada pelo 25 de Abril de 1974.
JM