Friday, November 28, 2003
Filosofia Kantiana
Immanuel Kant...grande vulto da filosofia ocidental, um dos maiores pensadores do século XVIII ! Mas a Fundamentação da Metafísica dos Costumes às 8 da manhã é que não pleeeease!!!
JM
JM
Andando à chuva (Reloaded)
O Inimigo Público torna-se, cada vez mais um jornal de referência para todos aqueles que, como eu, gostam de ver as notÃcias realmente importantes tratadas como deveriam ser.
Vem noticiado, na edição de hoje, a descoberta da diferença que existe entre caminhar à chuva e correr à chuva. Qual dos dois molha menos? De acordo com a publicação semanal, este avanço da ciência foi conseguido por um jovem estudante da Universidade da Beira Interior, que, de visita a Oxford revelou os seus resultados. Pena é que não tenham sido tornados públicos.
Sendo uma das inúmeras vÃtimas do fenómenos de andar à chuva sem guarda-chuva, tento chegar a uma conclusão, após uma refexão exaustiva sobre tão importante problema.
Partindo do princÃpio que a chuva cai obliquamente e em quantidades proporcionais ao espaço, concluo que tanto correndo como andando, apanhamos a mesma quantidade de chuva, sendo que correndo apanhamos mais em menos tempo e andando menos mas em mais tempo.
Sendo assim tenho a audácia de propor que nenhuma das situações é mais favorável(recorrendo até ao empirismo).
Lógica ou não esta solução apenas me incita a não ficar parado quando estou à chuva sem o guarda-chuva, a não ser claro na hipótese perfeitamente possÃvel de querer mesmo molhar-me, mas isso é uma outra história.
JoaoM
Vem noticiado, na edição de hoje, a descoberta da diferença que existe entre caminhar à chuva e correr à chuva. Qual dos dois molha menos? De acordo com a publicação semanal, este avanço da ciência foi conseguido por um jovem estudante da Universidade da Beira Interior, que, de visita a Oxford revelou os seus resultados. Pena é que não tenham sido tornados públicos.
Sendo uma das inúmeras vÃtimas do fenómenos de andar à chuva sem guarda-chuva, tento chegar a uma conclusão, após uma refexão exaustiva sobre tão importante problema.
Partindo do princÃpio que a chuva cai obliquamente e em quantidades proporcionais ao espaço, concluo que tanto correndo como andando, apanhamos a mesma quantidade de chuva, sendo que correndo apanhamos mais em menos tempo e andando menos mas em mais tempo.
Sendo assim tenho a audácia de propor que nenhuma das situações é mais favorável(recorrendo até ao empirismo).
Lógica ou não esta solução apenas me incita a não ficar parado quando estou à chuva sem o guarda-chuva, a não ser claro na hipótese perfeitamente possÃvel de querer mesmo molhar-me, mas isso é uma outra história.
JoaoM
Ernst Udet - 22 Agosto 1918
Vou passar a publicar relatos escritos por Ernst Udet, contando, na primeira pessoa episódios por ele vividos durante a primeira grande guerra. Revelam extraordináriamente o ambiente e o dia-a-dia de um piloto de caça em 1918. Udet era líder da Jasta (esquadrilha de caça)4 pertencente ao famoso grupo Richtofen. Com apenas 22 anos de idade Udet foi o ás alemão que sobreviveu à guerra com mais vitórias. O relato que vou publicar foi traduzido por mim de uma versão em inglês e foi escrito por Udet em 1935, 17 anos depois dos acontecimentos.
22 de Agosto de 1918
Uma voz excitada ao telefone: Dois balões de observação acabaram de ser abatidos aqui! A esquadrilha inimiga ainda circula sobre a nossa posição!
Descolamos de imediato. Toda a esqudrilha 4 com todos os aviões disponíveis. Voamos na direcção de Braie, a 3000 metros de altitude. Por baixo de nós está a linha de balões alemã e, obliquamente acima está a esquadrilha inimiga, cinco SE5a. Ficamos por baixo deles e esperamos pelo ataque. Mas eles mantêm-se lá em cima e parecem querer evitar o combate.
De repente, um dele passa por mim em direcção aos balões. Mergulho atrás dele. É o líder. Vejo as marcas no seu avião. Continuo sempre para baixo, baixo...O ar bate com violencia no pára brisas à minha frente . Tenho de o apanhar e impedi-lo de atingir os balões.
Tarde demais! A sombra do seu avião passa sobre a pele do balão como um peixe debaixo de água turva. Uma pequena chama azul surge e propaga-se lentamente pela superficie do balão. No momento seguinte ergue-se uma montanha de fogo onde estava há pouco um balão amarelo com um brilho sedoso.
Numa curva muito apertada o inglês vai quase directamente para baixo. As tropas no cabo do balão dispersam-se, mas o SE5a já se endireitou e move-se agora em direcção a oeste, rente ao solo. Ele está tão baixo que a sua sombra e ele se fundem num só. Mas agora estou na sua cauda e começa um louca perseguição a pouco mais de 3 metros de altitude. Saltamos sobre postes telefónicos e evitamos árvores. Damos um grande salto sobre a torre da igreja de Méricourt, mas mantenho-me atrás dele. Estou decidido a não o largar.
Chegamos à autoestrada que liga Baupame a Arras. Flanqueada por árvores, serpenteia pela paisagem como uma parede verde. Ele voa à direita das árvores, eu à esquerda. Sempre que há um intervalo nas árvores eu disparo. Ao lado da estrada está acampada uma unidade de infantaria alemã. Apesar de eu estar sobre ele, o inglês dispara. Isto é a sua perdição. Nesse momento eu voo sobre as árvores, a menos de 10 metros dele e disparo. Um termor percorre todo o seu avião, desacelera e cai, bate no solo subindo outra vez como uma pedra saltando na água, e desaparece por deatrás de um pequeno arvoredo. Uma nuvem de fumo levanta-se.
O suor cai pela minha face e enevoa-me os óculos. Limpo a testa com a manga. Estamos no pico do Verão, 22 de Agosto , meio-dia e meia, o dia mais quente do ano. Quase 40 graus centígrados, e durante a perseguição, o meu motor rodou a 1600 RPM.
Olho á volta e vejo 3 SE5a. Despistaram a minha esquadrilha e mergulham na minha direcçã para vingarem o seu líder morto. Junto ao solo, voo à volta do arvoredo. Deito rápidos olhares sobre o meu ombro. Eles separam-se, dois indo para oeste, deixando-me apenas um deles. Sei agora que estou a lidar com oponentes com experiência de combate. Novatos atirar-se-iam a mim em grupo. Pilotos de caça experientes sabem que numa perseguição apenas ficamos no caminho uns dos outros.
As coisas estão más pra mim. O outro aproxima-se Estimo a distância a apenas 30 metros, mas ele ainda não dispara. "Ele quer acabar comigo com apenas 3 ou 4 balas" penso eu.
A paisagem consiste em suaves elevações pontilhadas de pequenos aglomerados de árvores. Curvo á voltas das árvores. No meio de umas árvores vejo uma unidade de metralhadoras alemã. Eles olham para nós. "Se eles disparassem e me libertassem do meu predicamento". Mas ele não o fazem. Talvez eu esteja demasiado próximo do inglês e tenham medo de me atingir. Observo a paisagem. Então será aqui que eu irei cair!
Então sinto uma pancada no meu joelho. Olho para baixo e noto o odor de fósforo e um buraco na caixa de munições. O calor inflamou as balas inflamáveis de fósforo. Numa questão de segundos o avião estará em chamas!
Numa situação destas um homem não pensa. Age ou morre. Aperto o gatilho e, de ambas as metralhadoras saem as balas, em direcção ao céu azul, deixando um rasto de fumo branco. Olho sobre o meu ombro e tenho uma surpresa que me deixa sem fôlego. O inimigo volta para trás, evitando o fumo branco. Provavelmente pensa que eu estou a disparar para trás. Inspiro profundamente, enchendo os pulmões. Volto para a base.
Depois de aterrar fico sentado no cockpit durante um bom bocado. Beherend, o meu mecânico, tem de me ajudar a sair do avião. Vou para a sala de oficiais.
- O tenente Goering chega hoje à noite. - diz o sargento
Olho para ele com olhos vagos.
- Goering, o nosso novo comandante. - continua ele
-Sim, sim... - a minha voz soa-me estranha. Quero ir de licença. De imediato. Ele não me deve ver assim.
JoaoM
22 de Agosto de 1918
Uma voz excitada ao telefone: Dois balões de observação acabaram de ser abatidos aqui! A esquadrilha inimiga ainda circula sobre a nossa posição!
Descolamos de imediato. Toda a esqudrilha 4 com todos os aviões disponíveis. Voamos na direcção de Braie, a 3000 metros de altitude. Por baixo de nós está a linha de balões alemã e, obliquamente acima está a esquadrilha inimiga, cinco SE5a. Ficamos por baixo deles e esperamos pelo ataque. Mas eles mantêm-se lá em cima e parecem querer evitar o combate.
De repente, um dele passa por mim em direcção aos balões. Mergulho atrás dele. É o líder. Vejo as marcas no seu avião. Continuo sempre para baixo, baixo...O ar bate com violencia no pára brisas à minha frente . Tenho de o apanhar e impedi-lo de atingir os balões.
Tarde demais! A sombra do seu avião passa sobre a pele do balão como um peixe debaixo de água turva. Uma pequena chama azul surge e propaga-se lentamente pela superficie do balão. No momento seguinte ergue-se uma montanha de fogo onde estava há pouco um balão amarelo com um brilho sedoso.
Numa curva muito apertada o inglês vai quase directamente para baixo. As tropas no cabo do balão dispersam-se, mas o SE5a já se endireitou e move-se agora em direcção a oeste, rente ao solo. Ele está tão baixo que a sua sombra e ele se fundem num só. Mas agora estou na sua cauda e começa um louca perseguição a pouco mais de 3 metros de altitude. Saltamos sobre postes telefónicos e evitamos árvores. Damos um grande salto sobre a torre da igreja de Méricourt, mas mantenho-me atrás dele. Estou decidido a não o largar.
Chegamos à autoestrada que liga Baupame a Arras. Flanqueada por árvores, serpenteia pela paisagem como uma parede verde. Ele voa à direita das árvores, eu à esquerda. Sempre que há um intervalo nas árvores eu disparo. Ao lado da estrada está acampada uma unidade de infantaria alemã. Apesar de eu estar sobre ele, o inglês dispara. Isto é a sua perdição. Nesse momento eu voo sobre as árvores, a menos de 10 metros dele e disparo. Um termor percorre todo o seu avião, desacelera e cai, bate no solo subindo outra vez como uma pedra saltando na água, e desaparece por deatrás de um pequeno arvoredo. Uma nuvem de fumo levanta-se.
O suor cai pela minha face e enevoa-me os óculos. Limpo a testa com a manga. Estamos no pico do Verão, 22 de Agosto , meio-dia e meia, o dia mais quente do ano. Quase 40 graus centígrados, e durante a perseguição, o meu motor rodou a 1600 RPM.
Olho á volta e vejo 3 SE5a. Despistaram a minha esquadrilha e mergulham na minha direcçã para vingarem o seu líder morto. Junto ao solo, voo à volta do arvoredo. Deito rápidos olhares sobre o meu ombro. Eles separam-se, dois indo para oeste, deixando-me apenas um deles. Sei agora que estou a lidar com oponentes com experiência de combate. Novatos atirar-se-iam a mim em grupo. Pilotos de caça experientes sabem que numa perseguição apenas ficamos no caminho uns dos outros.
As coisas estão más pra mim. O outro aproxima-se Estimo a distância a apenas 30 metros, mas ele ainda não dispara. "Ele quer acabar comigo com apenas 3 ou 4 balas" penso eu.
A paisagem consiste em suaves elevações pontilhadas de pequenos aglomerados de árvores. Curvo á voltas das árvores. No meio de umas árvores vejo uma unidade de metralhadoras alemã. Eles olham para nós. "Se eles disparassem e me libertassem do meu predicamento". Mas ele não o fazem. Talvez eu esteja demasiado próximo do inglês e tenham medo de me atingir. Observo a paisagem. Então será aqui que eu irei cair!
Então sinto uma pancada no meu joelho. Olho para baixo e noto o odor de fósforo e um buraco na caixa de munições. O calor inflamou as balas inflamáveis de fósforo. Numa questão de segundos o avião estará em chamas!
Numa situação destas um homem não pensa. Age ou morre. Aperto o gatilho e, de ambas as metralhadoras saem as balas, em direcção ao céu azul, deixando um rasto de fumo branco. Olho sobre o meu ombro e tenho uma surpresa que me deixa sem fôlego. O inimigo volta para trás, evitando o fumo branco. Provavelmente pensa que eu estou a disparar para trás. Inspiro profundamente, enchendo os pulmões. Volto para a base.
Depois de aterrar fico sentado no cockpit durante um bom bocado. Beherend, o meu mecânico, tem de me ajudar a sair do avião. Vou para a sala de oficiais.
- O tenente Goering chega hoje à noite. - diz o sargento
Olho para ele com olhos vagos.
- Goering, o nosso novo comandante. - continua ele
-Sim, sim... - a minha voz soa-me estranha. Quero ir de licença. De imediato. Ele não me deve ver assim.
JoaoM
Wednesday, November 12, 2003
Ouvido...
"Erogenous zones i love you!
Without you what would a poor boy do?"
JM
Without you what would a poor boy do?"
JM
Tuesday, November 11, 2003
11 de Novembro 1918
A 11 de Novembro de 1918 pelas 6 da manhã a Alemanha rendeu-se aos Aliados depois de 4 anos de guerra total na Europa. O Armistício entrou em vigor ás 11 da manhã, a 11ª hora do 11º dia do 11º mês.Terminava a Primeira Grande Guerra. Para trás ficavam cerca de 10 milhões de mortos e muitos mais feridos.
O Kaiser abdicou e um ano mais tarde a ALemanha era forçada a assinar o humilhante tratado de Versalhes onde foi culpabilizada pela guerra e forçada a pagar enormes indeminizações aos Aliados e a deixar de ter exército. No país o tratado foi recebido com revolta e foram plantadas as sementes para o advento de um regime totalitário Nacionalista como foi o de Hitler.
JM
O Kaiser abdicou e um ano mais tarde a ALemanha era forçada a assinar o humilhante tratado de Versalhes onde foi culpabilizada pela guerra e forçada a pagar enormes indeminizações aos Aliados e a deixar de ter exército. No país o tratado foi recebido com revolta e foram plantadas as sementes para o advento de um regime totalitário Nacionalista como foi o de Hitler.
JM
Friday, November 07, 2003
Andando á chuva
Pois que o inverno começa e já apanhei a minha primeira molha.
Tenho este ritual todos os anos...cada inverno apanho sempre com chuva quando menos espero. É sempre quando não há sitios onde me abrigar por perto, não trago chapéu e geralmente venho com a roupa melhor.
Tão a ver aquela imagem da nuvem negra a perseguir-nos? É um pouco isso. Mas ao fim destes anos já me habituei e já acho piada a chegar encharcado a casa. Antes apanhar com chuva em cima do que com algo mais pesado!
JM
Tenho este ritual todos os anos...cada inverno apanho sempre com chuva quando menos espero. É sempre quando não há sitios onde me abrigar por perto, não trago chapéu e geralmente venho com a roupa melhor.
Tão a ver aquela imagem da nuvem negra a perseguir-nos? É um pouco isso. Mas ao fim destes anos já me habituei e já acho piada a chegar encharcado a casa. Antes apanhar com chuva em cima do que com algo mais pesado!
JM