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Wednesday, February 25, 2004

Livro 

Há cerca de 2 semanas li um livro fantástico. Recentemente descobri que o meu género literário preferido são os romances históricos. Vai daí fui á FNAC e dirigi-me á secção "Romances Históricos". Demorei-me a observar os títulos disponíveis e fui lendo partes daqueles que mais me chamavam a atenção. Ao ler uma passagem de um deles fiquei tão absorvido por ele que decidi comprá-lo imediatamente. Trata-se de um livro chamado "A Booke of Days" ou em português, O Livro dos Dias.

Trata-se, ou assim o diz, de um diário autentico de um nobre francês que participou na Primeira Cruzada traduzido por um guionista americano de origem francesa(Mr. Rivelle, que já trabalhou com Oliver Stone). Já aqui fiz um pequeno resumo dessa Cruzada neste blog, nuns posts em Novembro do ano passado, e foi muito interessante ter uma perspectiva de alguém que realmente nela participou. Mesmo que seja falso, e tenha sido escrito recentemente, tem uma consistencia histórica fantástica e verossímil...É um dos livros mais absorventes e emocionantes que eu já li.

Para quem sabe pormenores da Primeira Cruzada, posso dizer que o protagonista era vassalo de um dos líderes da Cruzada o Conde Raimundo de Toulouse, e chamava-se Roger de Lunel. A história prima pelas descrições da vida de uma pessoa no século XI e pelo evoluir dia a dia dos acontecimentos e a forma como eles eram analisados pelo autor, um típico cavaleiro medieval que tinha a particularidade de saber ler e escrever(Os cavaleiros iletrados que o acompanhavam chamavam-lhe L´Escrivel por ele estar sempre com o seu livro de anotações).

As descrições de batalhas são incríveis, e as personagens secundárias também, com o aditivo de serem personagens que realmente existiram. Falo do Bispo Ademar de Monteil, o Conde Boemundo de Tarento, O imperador Alexus Comnenus de Constantinopla, etc.. todos eles participam de perto na vida e fortuna de Roger de Lunel. O camponês Bartolomeu que em Antioquia encontrou a Santa Lança era um dos soldados de Roger!

Enfim, posso dizer que foi até hoje o livro que mais me impressionou, e isto não é dizer pouco.

Tuesday, February 17, 2004

Estou cheio de... 

Sono!

Friday, February 13, 2004

PERSEU - Parte IV 

4ª Parte - Perseu e as Hespérides

Ao chegar á ilha Perseu pousou num belo jardim onde três raparigas jovens e belas brincavam e riam. Ao vê-lo chegar correram para ele rindo e abraçaram-o e beijaram-o. "O nosso amigo Hermes chegou!" diziam. "Porque trazes esse grande escudo Hermes?" perguntaram. Perseu logo lhes disse que não era Hermes mas que o deus lhe tinha emprestado a sua espada e as suas sandálias aladas. As raparigas afastaram-se e uma delas apresentou-se. "Somos as Hespérides, filhas de Hesperus, o deus da Estrela Matinal. Eu sou Aegle, e estas as minhas irmãs Eritheia e Hesperia. Os deuses Hermes e Dionisius visitam-nos muitas vezes aqui nesta ilha."

Perseu explicou-lhes que Hermes e Atena o tinham enviado para matar a Górgona Medusa, e que buscava a sua ilha. As Ninfas disseram que desconheciam a localização da ilha das Górgonas, mas que o levariam ao gigante Atlas, que carrega o peso dos céus, e ele lhe diria o caminho. Depois Perseu descansou e pensou numa maneira de matar a Górgona sem olhar nos seus olhos mortais. Ao observar Hesperia a mirar-se no escudo de Atena teve a ideia de atacar a Górgona olhando não directamente para ela, mas para o seu reflexo no escudo. As Ninfas aplaudiram a ideia mas disseram que seria muito difícil escapar ás duas irmãs imortais de Medusa. Hesperia disse que iria aos Infernos onde reinava a sua senhora, a rainha Perséfone e traria o Elmo de Hades, que concede invisibilidade a quem o usar. Assim Perseu poderia iludir as Górgonas Steno e Euríale.

Perseu passou a noite na ilha, e na manhã seguinte, enquanto Hesperia ia ao reino de Hades, dirigiu-se com Aegle e Eritheia á montanha onde Atlas segurava o peso dos céus. Aí Atlas disse-lhe que o ajudaria se, em troca Perseu lhe mostrasse a cabeça da Medusa e o transformasse em pedra, pois carregar o peso dos céus era para ele uma tortura. Perseu teve pena do gigante e concordou. Atlas indicou-lhe o rumo de nordeste. Regressando á ilha, recebeu de Hesperia o elmo de Hades que o tornou invisível para espanto das ninfas. Preparado para partir Perseu agradeçeu a ajuda das ninfas e despediram-se com algumas lágrimas. E assim partiu para a ilha das Górgonas.



As Hespérides
(continua)

Monday, February 09, 2004

PERSEU - Parte III 

3ª Parte - A ajuda dos Deuses

Perseu aos ver os dois deuses Atena e Hermes á sua frente ajoelhou-se aos seus pés, mas Atena mandou-o levantar e disse-lhe que estivera a observá-lo e julgou-o digno da tarefa de matar a Górgona. Disse que o ajudaria visto ele ser, tal como ela filho de Zeus, e por isso seu parente. Mandou-o procurar as três Gréias(Enio,Pefredo e Dino), para o nordeste, que o guiariam para a ilha das Ninfas do Oeste(Hespérides), para lá dos pilares de Hércules. Aí, onde nenhum homem tinha jamais ido, ele saberia o caminho para a ilha das Górgonas.

Disse-lhe também que Medusa, a mais jovem das três Górgonas era a única que não tinha nascido Górgona mas que por ter enfurecido os Deuses se tornara uma. As outras duas chamavam-se Euríale e Steno e eram imortais. Para lhes escapar Perseu teria de ter a ajuda dos Deuses. Atena ofereceu a Perseu o seu grande escudo. Hermes ofereceu-lhe as suas sandálias aladas pois o caminho a percorrer era longo, e a sua espada, que tudo cortava ao primeiro golpe. Deram-lhe também uma pele de cabra onde guardaria a cabeça da Medusa pois o seu olhar era mortal mesmo depois de morta.

Assim armado, Perseu ficou confiante e pôs-se a caminho das três Gréias. Voou sobre a Trácia e o rio Danúbio. Encontrou as três Gréias, três velhas com corpo de cisne que apenas tinham um olho e um dente entre as três. Para as forçar a ajudá-lo, Perseu roubou-lhes o olho e perguntou-lhes o caminho para a ilha das Ninfas do Oeste. A contragosto elas disseram-lhe e ele devolveu-lhes o olho. Perseu então voou muitos quilómetros até Gibraltar e os pilares de Hércules. No meio do grande Atlântico encontrou a ilha das Ninfas onde nenhum homem antes chegara.



A Deusa Atena


(continua)

Thursday, February 05, 2004

PERSEU - Parte II 

2ª Parte - A busca de Perseu

Perseu cresceu na ilha de Serifo com a sua mãe na casa de Dictis o pescador e a sua mulher. Dictis era irmão do rei de Serifo, o rei Polidectes. Polidectes havia roubado o trono ao seu irmão e governava como um tirano. Perseu cresceu escondido do rei. Tornou-se um jovem forte e belo. O seu espírito irrequieto e aventureiro faziam-no ansiar por grandes feitos. Ouvia as histórias de Teseu, que matara o Minotauro, e outros heróis, e ambicionava fazer coisas semelhantes.

Ouviu falar da história das Górgonas, os monstros mais temidos da altura ainda vivos. Eram três irmãs, filhas do deus marinho Fórcis e de Ceto. Duas eram imortais e horrendas, mas a terceira, a mais nova, de nome Medusa era mortal e tinha uma face bela. Os seus cabelos eram serpentes e o seu olhar transformava quem o olhasse em pedra. Quando algo era considerado difícil ou irrealizável dizia-se que era tão difícil como matar as Górgonas.

Pela altura em que Perseu fez 16 anos, Polidectes viu Danae e apaixonou-se por ela. No entanto não gostava de Perseu, mas não o podia matar pois o seu povo gostava dele. Fez-se então amigo do rapaz e trouxe-os para o seu palácio. No aniversário do rei, este convidou todos os homens da sua corte para um banquete, tendo também convidado Perseu. Por tradição todos tinham de oferecer um presente, do que de melhor tivessem. Ofereceram gado, ouro, escravos e cavalos. Mas Perseu não trouxera nada pois não possuia nada de valor. Todos gozaram com ele e insultaram-o. Irado Perseu disse-lhes que traria um presente que ninguém conseguiria igualar, a cabeça da Górgona.

Perseu saiu sem dizer mais nada. Foi ter com Dictis e pediu-lhe para proteger a sua mãe enquanto ele estivesse fora. Partiu num navio para o continente , pobremente vestido e vagueou por muito tempo entre caminhantes e pedintes sempre perguntando o caminho para o lar das Górgonas. Visitou oráculos e grutas onde lhe diziam estarem adivinhos que o poderiam ajudar. Disseram-lhe que as Górgonas viviam numa ilha longínqua que ninguém sabia onde era. Depois de muito procurar sentiu-se cansado e desmotivado. Foi então que lhe apareceu a Deusa Atena, uma mulher alta e bela de armadura e grande escudo de bronze. Com ela estava o Deus Hermes com sandálias aladas e espada curva afiada.

(continua)

Wednesday, February 04, 2004

PERSEU - Parte I 

1ª Parte - Perseu e Danae

Muito antes da Guerra de Tróia, dois irmãos reinavam em duas cidades vizinhas. Acrisio em Argos e Pretus em Tirinte. Ambos eram inimigos mortais pois cada uma desejava ter o governo de ambas as cidades. Pretus tinha muitos filhos homens, mas Acrisio tinha apenas uma filha de nome Danae, que era considerada a mulher mais bela da Grécia. Acrisio temia que, por não ter um filho que liderasse o seu exército, os filhos de Pretus lhe conquistassem Argos.

Consultando um oráculo descobriu que não teria nenhum filho homem, mas que a sua filha Danae daria á luz um rapaz que provocaria a sua morte. Acrisio entrou em pânico com a profecia e sendo a sua filha ainda jovem e solteira decidiu prende-la numa cela de cobre onde ninguém poderia entrar além dele e da ama de Danae, que ficaria presa com ela. Assim ela não poderia ter filhos.

Os Deuses assim não quiseram. Zeus, o rei do Olimpo, apaixonou-se por Danae e transformando-se numa chuva de ouro, entrou na cela e fez amor com Danae. Assim Danae teve um filho a que deu o nome de Perseu. Acrisio visitava-a de tempos a tempos e Danae e a ama tinham de esconder a criança. Um dia, quando Perseu já contava 3 anos de idade, Acrisio ouviu-o chorar e entrou na cela. Perguntou de quem era a criança. Danae chorou e disse que era de Zeus. Zangado Acrisio mandou matar a ama de Danae e mandou fazer uma caixa de madeira onde fechou Danae e Perseu. Depois cruelmente deitou a caixa ao mar, para que os deuses decidissem a sua sorte.

Durante alguns dias a caixa flutuou no mar até que deu á costa numa ilha do mar Egeu. Danae saiu da caixa com Perseu mas desmaiou de fraqueza na areia. Foram encontrados por um pescador que os levou para a sua cabana. O seu nome era Dictis e tratou deles sem fazer perguntas. Dictis tinha ouvido falar do que o rei Acrisio tinha feito e suspeitava que eles eram Danae e Perseu de Argos. Também Acrisio ouviu de uma rapariga e o seu filho que deram á costa na ilha de Serifo. Viveu sempre no temor de saber que Perseu estava vivo mas não se atrevia a mandar matá-lo. O tempo foi passando e quando Perseu tinha 15 anos Acrísio não se atrevia a sair do seu palácio.



Danae e Perseu são postos á deriva numa caixa de madeira

(continua)

Tuesday, February 03, 2004

1 de Fevereiro 1978 

Nesse dia histórico, pelas 8 da manhã, na cidade de Lisboa, Emília Vicente Maurício dava à luz o seu primeiro filho. O pai chamou-lhe João, tal como ele próprio e o seu pai.

Reza a lenda que quando o pai lhe pegou, pareceu-lhe que o seu filho tinha olhos cinzentos...nem ele nem a esposa os tinham...voltou a criança contra a luz para ver melhor...ah! afinal eram castanhos!

Era um bebé lindo de bochechas proeminentes e olhar de cachorro. Não chorava muito e revelava sinais muito precoces de inteligência. Logo aos 3 anos fez uma birra imensa ao transpor a porta de entrada do infantário no seu primeiro dia. Nunca se refez.

Não se pode dizer que já tenha feito algo de menção na sua existência que conta já 26 anos, no entanto é o autor deste blog o que já é dizer muito.

Obrigado a todos os que mandaram mensagens! E pros outros também, hoje tou generoso.

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