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Wednesday, August 25, 2004

Batalha das Termóplias (480 a.C.) 

"Em -480 um poderoso exército persa entrou na Grécia pelo norte e chegou até a Fócida, no extremo oeste da Grécia Central. Leônidas, um dos dois reis espartanos, posicionou uma força grega de aproximadamente 4.000 homens nas Termópilas, um estreito desfiladeiro próximo ao mar, e bloqueou a passagem dos invasores.
as Termópilas
O exército persa era muito, muito numeroso (Heródoto refere mais de dois milhões e seiscentos mil homens, quantidade duvidosa). Enquanto as outras cidades gregas eram avisadas por mensageiros, os homens de Leônidas permaneceram ali, contendo os persas e ganhando tempo.
O rei persa, Xerxes, ordenou que o desfiladeiro fosse tomado. Os sucessivos ataques foram mal sucedidos, pois os gregos manobravam com habilidade e lutavam ferozmente; o espaço exíguo atrapalhava o numeroso exército persa. Mas um traidor revelou aos persas um atalho que dava acesso ao interior do desfiladeiro e, quando eles começaram a atacar por ali, os defensores viram-se praticamente cercados e sem saída.
Leônidas decidiu, então, resistir até o fim, juntamente com sua guarda de elite, os "300". Esses homens eram os melhores que Esparta produzira, e todos já haviam assegurado sua descendência. O rei mandou os demais gregos embora, para se juntarem às forças que estavam se formando para resistir ao invasor. Os téspios e tebanos, porém, cerca de 1.000 homens, decidiram ficar ao lado dos espartanos.
"Leônidas"
A lenda conta que, ao ver tão pequena oposição, Xerxes mandou a Leônidas uma breve mensagem: "Rende-te, e entrega tuas armas". Recebeu uma resposta igualmente breve, lacônica, tipicamente espartana: "Vem buscá-las." Outra lenda conta que quando um soldado não-espartano comentou que os persas eram tão numerosos que suas flechas encobriam o sol, Dieneces, um dos 300, replicou: "Melhor, combateremos à sombra!". Diz-se, também, que a última ordem-do-dia de Leônidas foi simples e lacônica: "Almoço aqui; jantar, no Hades". Ou seja, todos iriam lutar até a morte...
Para se ter uma idéia da combatividade dos homens de Esparta basta o seguinte: sempre que se despedirem de suas mães para entrarem em combate, os soldados espartanos ouviam dessas doces senhoras a amorosa frase: "Meu filho, volta com teu escudo, ou em cima dele" (isto é, morto...).

Os persas atacaram em massa e, é claro, tomaram o desfiladeiro e mataram todos os que resistiram. Graças à heróica resistência desses homens, porém, os outros gregos tiveram tempo de se organizar e, no ano seguinte, os persas foram definitivamente derrotados.
O embate final ocorreu em 27 de agosto de -479 em Platéia, a sudeste de Tebas (Beócia). O exército grego, formado pela coalização de várias cidades, derrotou o enorme exército persa. Pausânias, o regente espartano, comandou as forças gregas.

Estrangeiro, vá anunciar aos lacedemônios que aqui estamos, em obediência às suas leis...
AP 7.249
Consta que esse famoso epigrama, atribuído ao poeta Simônides de Ceos (-557/-468), foi colocado em um monumento erguido nas Termópilas em homenagem ao rei Leônidas e aos soldados liderados por ele."



Tuesday, August 24, 2004

Kilij Arslan (1079 - 1107) 

O Primeiro e um dos principais adversários da Primeira Cruzada foi o sultão turco Kilij Arslan(nome completo: Dawud Kilij Arslan ibn Suleiman ibn Kutalmish - filho de Suleiman, neto de Kutalmish) .
Arslan governava a Asia Menor( a região que hoje é a Turquia) e o seu território foi o primeiro no caminho dos Cruzados no seu percurso para Jerusalém.
Arslan nasceu em 1079. O seu pai Sulimão, morreu em 1086 em batalha com um sultão rival e, com apenas 7 anos de idade Arslan foi afastado das terras do seu pai por rivais. Até aos treze anos de idade, Arslan foi mantido na corte da Malik Shah, mas quando este morreu foi libertado e ganhando o apoio dos emires fiés ao seu pai conseguiu afastar os seus rivais mandando mesmo assassinar o seu sogro, o sultao Chaka de Esmirna.
Assim, apenas um adolescente, Kilij Arslan tomou as rédeas do maior feudo Turco e tornou-se o maior sultão do clã dos Seljucidas. No entanto o seu domínio era mantido á custa de guerras constantes com os seus primos Seljucidas. Partindo da sua capital, a cidade de Niceia, Kilij Arslan atacou o seu mais perigoso rival, o emir Danishmend, que era 20 anos mais velho e muito experiente.
Foi na altura em que Kilij Arslan cercava Danishmend na cidade de Malataya em 1096, os primeiros Cruzados chegaram á Asia Menor vindos de Constantinopla. Esses primeiros Cruzados eram apenas alguns poucos cavaleiros e milhares de camponeses, homens mulheres e crianças que peregrinavam em nome da fé. Kilij Arslan enfrentou-os com os seus cavaleiros Turcos e dizimou-os, matando cerca de 20 000 deles e vendendo muitos como escravos. Vendo que a ameaça dos Cruzados era fraca, voltou-se de novo contra Danishmend.
No entanto alguns meses depois chegou a principal força dos Cruzados. Na sua maioria fortes cavaleiros de armadura, e em numero superior aos anteriores.Mas Kilij Arslan so lhes deu verdadeira atenção quando o exército Cruzado ja cercava a sua capital, Niceia. Ao avistar o exército Cruzado pela primeira vez Arslan viu que a cidade estava perdida, mas decidiu atacá-los, pedindo ajuda ao seu rival Danishmend que o ajudou com a sua cavalaria. Os Turcos atacaram os Cruzados, mas apos algumas horas de combate era claro que é inutil prosseguir e Kilij Arslan decide abandonar Niceia á sua sorte deixando a sua esposa na cidade, prestes a dar á luz.
Niceia é tomada mas é entregue aos Bizantinos que protegem a mulher de Arslan que é levada para Constantinopla.
Refugiando-se nas montanhas Kilij Arslan recruta um exército para um "jihad" contra os invasores francos. Ele e Danishmend são agora aliados contra uma causa comum.
O exército Cruzado avança pela Anatólia sob um sol abrasador em direcção a Antioquia e Arslan espera o melhor momento para os atacar.
Escolhe um vale perto da cidade de Dorileu. Arslan ve aparecer o exército cruzado e ataca. Milhares de flechas são despejadas sobre os cavaleiros e soldados que se protegem com as suas armaduras. Mas no corpo a corpo os Turcos são inferiores e a batalha arrasta-se. O efeito surpresa desapareceu e agora Kilij Arslan hesita em ordenar o ataque final. É nesse momento que aparecem mais dois exércitos de Cruzados a galope, vindos das montanhas. O exército que ele estava a defrontar era apenas a vanguarda! Em desespero Arslan põe-se em fuga e o seu exército foge atrás dele, mas muitos dos seus homens são apanhados pelos cruzados e a derrota é total.
Na sua fuga Arslan polui as águas e queima colheitas para não as por nas mãos dos Cruzados.

Só em 1101 é que Kilij Arslan se pode vingar. Uma expedição Cruzada de rendição atravessa de novo a Ásia Menor. De novo Arslan e Danishmend unem forças para os enfrentar. Mas antes que possa fazer alguma coisa os Cruzados conquistam-lhe a cidade de Ancara e marcham para Niksar, no coração do domínio de Arslan. No entanto a maior parte dos cruzados é novamente composta por camponeses, mulheres e crianças. Em Merzifun, Arslan lança o ataque e os Turcos massacram o exército cruzado. Apenas alguns poucos cavaleiros escapam. Um mês depois o mesmo acontece a uma segunda expedição Cruzada, e uma semana depois disso, uma terceira expedição é dizimada perto Heracleia. Kilij Arslan vingara-se amplamente da derrota de Dorileu.
Arslan estabeleceu a sua capital na cidade de Konya e em 1104 retoma o conflito feudal com o emirato de Danishmend que entretanto morrera. Em 1107 Arslan conquistou a cidade de Mossul, nas margens do ro Tigre(actual Iraque) mas o sultão Redwan de Alepo cercou a cidade e conquistou-lha. Ao retirar, Arslan morreu afogado num rio. O seu filho Massud sucedeu-lhe em 1116 após uma guerra de sucessão.




Monday, August 23, 2004

Cruzadas 

"As Cruzadas em resenha Foi o Papa Urbano II quem, no Concílio de Clermont (França) em 1095, lançou o programa de expedições destinadas a reconquistar o S. Sepulcro em Jerusalém. O ambiente, como vimos, estava assaz motivado para receber tal apelo. Conseqüentemente, o brado de Urbano II suscitou entusiasmo delirante; muitos pregadores puseram´se a percorrer a Europa, incitando os homens a cerrar fileiras. Grande multidão de ouvintes, de origem social diversa, assumiu então a cruz, emblema da campanha. Os expedicionários, provenientes da França, da Inglaterra, da Itália, eram dotados de benefícios espirituais pelo Papa; a quem ousasse violar ou roubar as suas propriedades durante a respectiva ausência, tocaria a pena de excomunhão. Em resposta imediata ao apelo e sem esperar a organização de exércitos devidamente constituídos (coisa que levaria tempo), grande número de simples fiéis pôs´se logo em marcha para o Oriente sem o equipamento necessário. Essa Cruzada Popular, chefiada por Pedro o Eremita e Gualtero “sem Haveres” (Gauthier sans Avoir), fracassou, pois os seus membros ou pereceram na estrada ou foram exterminados pelos turcos.1a Cruzada: Em fins de 1096, quatro exércitos de senhores feudais chegavam a Constantinopla:1) os lorenos e alemães, com Balduíno de Hainaut e Godofredo de Bouillon;2) os franceses do norte, sob o conde de Vermandois e o duque de Normandia;3) os provençais, com o conde de Tolosa e o legado Ademar de Monteil;4) os normandos da ltália, com Boemundo de Taranto e Tancredo. Nenhum rei os acompanhava, nem esses exércitos cuidaram de instituir um Chefe geral para todos. O lmperador bizantino Aléxis Comnene, em Constantinopla, esperava servir´se desses guerreiros para reconquistar parte da Ásia Menor, que fora arrebatada pelos turcos. A cidade de Nicéia perto de Constantinopla foi então realmente reconquistada, mas, em vez de ser atribuída aos ocidentais, voltou a ser domínio do lmperador bizantino. Este fato frustrou os latinos e concorreu para que doravante latinos e bizantinos concebessem desconfiança mútua! ´ Após dois anos e meio de lutas e sofrimentos atrozes, os cruzados, tendo vencido o exército de Solimão em Doriléia, havendo tomado Edessa (1097) e Antioquia (1098), chegaram finalmente a Jerusalém e dela se apoderaram (1099). Essa sangrenta expedição, que custara a vida a cerca de meio´milhão de homens, terminou com a fundação de quatro centros latinos: o reino de Jerusalém, o principado de Antioquia, os condados de Edessa e de Trípolis, aos quais foram atribuídos governantes latinos. As grandes cidades da costa palestinense foram ocupadas por navegantes e comerciantes ocidentais. Os peregrinos recomeçaram a afluir à Terra Santa. Para protegê´los e defendê´los, foram criadas as Ordens de Cavaleiros Militares (Hospitalários, Templários, etc.). Como se compreende, os territórios latinos no Oriente eram constantemente ameaçados e só podiam subsistir com o auxílio de reforços vindos do Ocidente. É o que explica uma série de expedições, ora mais, ora menos vultosas, colocadas entre as grandes Cruzadas. "

in http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=2191
por D. Estevão Bettencourt, osb em 24 de junho de 2004




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