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Monday, January 31, 2005

Paul Baumer (1896-1927) 

Baumer nasceu em 1896 em Duisburg na Alemanha. Antes da primeira grande guerra estudou para ser dentista, e aos 18 já tinha o certificado de piloto. Em 1915 esteve na infantaria mas depressa se transferiu para a força aérea.

Em 1917 tornou-se piloto de caça sendo colocado na Jasta 5. Aí destruiu 3 Balões de observação britanicos numa semana em Julho. Em Agosto foi transferido para a Jasta Boelcke, sob o comando de Erwin Bohme.
De Setembro até ao fim do ano aumentou o seu score para 18 vitórias. Depois de uma merecida licença, aumer voltou á Jasta Boelcke onde voando o Fokker Triplano obteve mais 4 vitórias, três delas no dia 23 de Março de 1918. No dia 29 de Maio Baumer testava um novo modelo de caça quando teve um acidente que o deixou gravemente ferido. No entanto o jovem piloto recuperou e conseguiu voltar á sua esquadrilha em inícios de Setembro.

Nessa altura os Aliados superavam os alemães grandemente em número nos céus, mas Baumer e os seus companheiros tinham o formidavel Fokker DVII. Durante o mês de Setembro,Baumer(mais conhecido como a Águia de Ferro)obteve 16 vitórias (quase tantas como as que obtivera até ali).

Num dos combates, a 21 de Setembro, Baumer interceptou uma formação de bombardeiros ingleses e abateu 3. O seu Fokker no entanto foi atingido e começou a arder. Baumer só tinha uma saída, saltar de páraquedas, algo ainda muito pouco seguro na altura. No entanto Baumer teve sorte e o páraquedas funcionou. Abateu
mais dois inimigos no dia 24, 3 no dia 27 e mais 3 nos dia 29.

Nos primeiros 9 dias de Outubro abateu mais 5 aviões inimigos, indo então de licença, tendo ganho a Orden pour le Mérite, a mais alta condecoração alemã. A guerra terminou quando Baumer estava de licença. O seu total de 43 vitórias colocou-o como 21º melhor ás da Primeira Grande Guerra.

Depois disso Baumer concluiu os estudos de dentista e exerceu a profissão, continuando no entanto a voar em exibições. Em 1927, num desses espectáculos, na Dinamarca, Baumer morreu quando o seu avião colidiu com uma ponte.



Leutnant Paul Baumer em 1918 com a sua Pour le Merite


Fokker DVII - o avião que Baumer usou para obter 20 das suas 43 vitórias em pouco mais de 1 mês




Thursday, January 27, 2005

Ouvido 

Blue Angel

The sky was Bible black in Lyon
When I met the Magdalene
She was paralysed in a streetlight
She refused to give her name

And a ring of violet bruises
They were pinned upon her arm.
Two hundred francs for sanctuary and she led me by the hand
To a room of dancing shadows where all the heartache disappears
And from glowing tongues of candles I heard her whisper in my ear
"'J'entend ton coeur"
I can hear your heart


Monday, January 24, 2005

Josef Jacobs (1894-1978) 

Josef Karl Peter Jacobs foi o 13º melhor ás da Primeira Guerra e o quarto melhor dos alemães com 48 vitórias. Para além disso foi dos poucos a lutar na aviação desde os primeiros dias da guerra até ao ultimo.
De facto Jacobs já era piloto quando a guerra começou em 1914. Com apenas 20 anos tornou-se piloto de aviões de reconhecimento sobre frança tendo mesmo conseguido a sua primeira vitória durante o ano de 1916 num dos primitivos aviões Aviatik. No Outono de 1916, foram formadas as primeiras esquadrilhas de caça alemãs. Nessa altura Jacobs havia já sido seleccionado para voar os Fokker e o seu amigo Erich Honemans, chamou-o para a Jasta 12. No entanto o alto comando preferiu ter um piloto experiente como Jacobs como instrutor. Assim Jacobs treinou pilotos desde o final de 1916 até Março de 1917 quando foi colocado na Jasta 22. Nesta unidade foi-lhe dado caça Albatros que decorou com a sua alcunha escrita na fuselagem "Korfes". Durante o Verão de 1917 Jacobs defrontou os caças franceses desse sector reclamando ter abatido pelo menos uma duzia, mas apenas lhe foram confirmadas 5 vitórias.
Em Agosto de 1917, Jacobs foi chamado para comandar a Jasta 7 na Flandres. Aí iria lutar contra os ingleses, adversários que os alemães tinham melhor em conta que os franceses.
Nesta unidade Jacobs pintou o seu Albatros de preto e pintou um diabo vermelho na fuselagem para ser reconhecido.
Jacobs revelou-se um comandante eficaz, e a sua unidade era uma das melhores no seu sector, temida pelos seus adversários. Na Primavera de 1918 Jacobs recebeu o Fokker Triplano. Tal como Richtofen pintara de Vermelho o seu, Jacobs pintou o seu Fokker de Preto com o distintivo diabo vermelho. Desde Abril até Julho de 1918, Jacobs elevou o seu socre de vitórias para 26, recebendo por isso a mais alta condecoração alemã, a Orden pour le Merite. Passando o mês de Agosto em licença, Jacobs voltou em Setembro com o seu Fokker triplano negro, numa altura em que a sua unidade já voava os mais eficazes Fokker DVII. Durante o mês de Setembro Joacobs obteve mais13 vitórias chegando às 40. No dia 3 de Outubro o aerodromo da Jasta 7 foi atacado por caças ingleses. Jacobs levantou voo sozinho no seu Triplano negro e abateu dois deles. De repente a hélice do seu Fokker partiu-se e saltou. O Fokker caíu desgovernado mas Jacobs consegiu aterrar num monte de palha, conseguindo sair ileso. O seu Fokker estava, no entanto, destruído.
No mês de Outubro Jacobs voou o Fokker DVII e abateu mais 8 aviões inimigos. Quando a guerra terminou em 11 de Novembro de 1918 Jacobs tinha 48 vitórias na sua lista e era o 2º melhor ás alemão vivo.
Depois da guerra Jacobs interessou-se por corridas de trenós e foi pmesmo presidente da associação alemã da modalidade. Durante Segunda Grande Guerra andou fugido de Goering por não querer integrar a Luftwaffe. Viveu o resto da vida em Munique até á sua morte em 1978, aos 84 anos de idade.



Leutnant Josef Jacobs e o seu Fokker Triplano (1918)


Jacobs no seu Fokker em combate com um caça SE5a inglês


Thursday, January 20, 2005

O Triunvirato Dourado 

A Jasta(esquadrilha de caça) nº 5 alemã foi a terceira melhor da força aérea em número de vitórias durante a Primeira Grande Guerra.

Este facto deve-se ás 253 vitórias conquistadas pelos seus pilotos sobre a aviação aliada sobre os céus de França entre Agosto de 1916 e Novembro de 1918.

13 Pilotos conseguiram cinco ou mais vitórias enquanto voaram com esta unidade, mas, das 253 vitórias finais, 108 foram creditadas a apenas 3 pilotos, a que chamaram o Triunvirato Dourado da Jasta 5. Eles foram os Tenentes Fritz Rumey(45 vitórias), Otto Konnecke(33 vitórias) e Josef Mai(31 vitórias).

Nenhum deles eram oficial comissionado o que significava que tinham patentes bastantes modestas.

O primeiro a chegar á unidade foi Otto Konnecke, vindo da Jasta 25 que operava na Macedonia. Aí Konnecke ja tinha obtido a sua primeira vitoria. Nesse verão Rumey e Mai juntaram-se-lhe. Rumey tinha 26 anos, Konnecke 25 e Mai era o mais velho com 30 anos. Eram portanto mais velhos que a media da idade dos pilotos de caça dessa altura que rondava os 21 anos. Rumey era veterano de infantaria enquanto Mai vinha dos aviões de reconhecimento.

Durante o ano de 1917 todos eles superaram as 5 vitórias contra a aviação britânica.
Konnecke Tomou a dianteira em termos de vitórias nesse período. No entanto no início de 1918 Rumey começou a aumentar a sua lista de vitórias considerávelmente. Nos violentos combates que travaram contra as esquadrilhas inglesas que os superavam em número, estes três pilotos foram ficando como ultimo reduto da sua esquadrilha enquanto que os seus companheiros eram abatidos ou transferidos.

Durante a ofensiva final alida em Agosto de 1918, Konnecke abateu mais de uma dezena de inimigos, atingindo as 30 vitórias o que o fez receber a Orden Pour le Merite, a mais alta condecoração alemã. Rumey seguiu-o pouco depois. Durante Setembro de 1918 a força aérea alemã lutava desesperadamente contra um inimigo muito superior em número. Nesses dias Rumey atingiu um total de 44 vitórias. No dia 25 de Setembro foi ferido ligeiramente o que não impediu de voltar ao combate dois dias depois e obter a sua 45ª vitoria. No entanto o seu avião colidiu com a sua vitima e Rumey morreu na queda.

O triunvirato ficou reduzido a um duo com Konnecke de liceça durante quatro semanas. Mai era agora o principal ás em acção na Jasta 5, agora comandada pelo também ás Otto Schmidt. Durante Outubro Mai atingiu as 31 vitórias, tornando-se o terceiro melhor ás da esquadrilha. Konnecke regressou no fim dos mes mas a guerra terminou pouco depois.


Leutnant Fritz Rumey (1891-1918)


Leutnant Otto Konnecke (1892-1956)


Leutnant Josef Mai (1887-1982)

Tuesday, January 11, 2005

Há que por tudo em perspectiva 

Nunca sei se a vida me está a correr bem ou não, isto em termos gerais.
Quando penso que tudo vai de vento em popa, algo acontece que me faz ver que se calhar tá tudo é pessimo e que andava enganado.
Mas depois até vejo que que até há coisas fixes e afinal tasse bem...
Numa terceira fase fico confuso. Devo ficar preocupado ou não?
De qualquer forma tento valorizar as coisas boas e por as más em perspectiva. Afinal, não se ganha nada em remoer os males. Daqui a 100 anos quem se vai lembrar das minhas chatices...Eu não vou de certeza.
Mas no entanto...


Tuesday, January 04, 2005

2005 - Tsunami 

Neste dia 4 de Janeiro, ficamos espantados com o número de mortos contabilizados até agora do Tsunami que atingiu as costas asiáticas do Indico. Mais de 150 mil mortos confirmados no conjunto dos países afectados e mais de 5 milhões de pessoas afectadas.

Trata-se de uma das maiores catástrofes humanas dos tempos modernos , e sem dúvida a maior por causas naturais.

A ONU procede a maior operação humanitária da sua história. Numerosos países desenvolvidos têm já equipas no terreno, incluíndo Portugal. Os norte-americanos deslocaram para a Indonésia(país mais atingido, com cerca de 80 mil mortos na ilha de Sumatra) o porta-aviões Abraham Lincoln. Tropas que há meses bombardeavam o Iraque ajudam agora populações em desespero.

No entanto o fim de ano foi celebrado, embora sempre com esta tragédia em mente. João Pedro Pais, no seu concerto de fim de ano na Praça do Comércio de Lisboa, antes de contagem decrescente relembrou a tragédia, tal como muitos outros o terão feito nessa noite.



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