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Wednesday, June 29, 2005

29 de Junho 1918 - Ernst Udet 

Na manhã de 29 de Junho de 1918, o tenente Ernst Udet, líder da esquadrilha de caça nº 4 foi chamado para interceptar um avião de observação françês que dirigia o fogo da artilharia sobre as trincheiras alemãs perto da vila de Villers Cotterets.

Udet descolou no seu caça Fokker DVII, pintado de vermelho com a frase "Du doch nicht!" pintada na asa traseira, querendo dizer a qualquer adversário que se pussesse atrás de si que não seria ele a abatê-lo ainda.

Poucos minutos de descolar, Udet avistou o Breguet françês a uma altitude de 600 metros, voando sobre numerosas e violentas explosões de obuses de artilharia que levantavam uma negra nuvem de poeira.

Udet atacou-o decididamente e com a primeira rajada viu o observador inimigo a cair dentro do cockpit. O piloto inimigo virou para as suas linha tentando escapar.

Udet, pensando ter morto o observador, aproximou-se lateralmente do Breguet para acabar com ele com uma rajada no motor. Um erro crasso, pois o observador não morrera, e, levantando-se no cockpit disparou sobre o Fokker que crivado de balas caíu fora de controlo.

Udet estava vivo e incólume, mas morreria se não conseguisse controlar o seu avião. Após alguns segundos ficou aparente que o Fokker se iria despenhar. Udet afortunadamente usava um primitivo pára-quedas. Até essa data apenas 2 pilotos alemães se haviam salvo por este meio,e não havia certeza que iria funcionar.

Mas Udet não tinha escolha. Saiu do cockpit e atirou-se pra fora do avião. No entanto a força do ar empurrou-o contra a asa traseira do Fokker, onde ficou preso. Udet caía agora juntamente com o seu avião, num abraço mortal.

Desesperadamente, Udet tentou com todas as forças libertar-se, até que a apenas 200 metros do solo conseguiu, e o pára-quedas finalmente abriu-se. A queda foi no entanto violenta, mas Udet apenas sofreu um tornozelo magoado.

De repente explosões caíam á sua volta. A artilharia inimiga visava-o e Udet teve de correr em direcção ás suas linhas para salvar a vida. Mais de uma vez as explosões atiraram-o ao chão, mas Udet conseguia levantar-se e continuar o seu caminho.

Finalmente chegou a uma trincheira alemã onde fumou um cigarro e pediu transporte de volta á base. Nessa tarde voou outra vez, num novo Fokker, e sobrevoou os destroços do seu avião destruído, um esqueleto negro consumido peças chamas, onde ele poderia estar...



O Fokker de Udet é atingido pelo Breguet françês

Thursday, June 23, 2005

Frage - Antwort 

F - Afinal que lingua se fala na América Latina?...

A - O latim claro!

Reptil blogístico 

Como não tenho nada de melhor pra fazer neste momento aqui vai...

1. Tamanho total dos arquivos do meu computador.Nem grandes nem pequenos antes pelo contrário...

2. Último disco que comprei.Já foi há tanto tempo que nem me lembro...acho que foi o "Marbles", o ultimo album dos Marillion.

3. Canção que estou a escutar agora.Estou a ouvir uma música na radio, que desconheço...

4. Cinco discos que ouço frequentemente ou que têm algum significado para mim.
Os recorrentes...

Seasons End - Marillion (1989)...ou outro qualquer deles...
The Best of Orchestral Manouevres in the Dark (1988)
Incantations - Mike Oldfield (1978)
Sparkle in the Rain - Simple Minds (1983)
Greatest - Duran Duran (??)

faz cinco..

Saturday, June 18, 2005

Racismo (?) 

Nos ultimos dias argumentos esgrimiram-se a torto e a direito, a propósito do que aconteceu há uns dias da praia de Carcavelos.

É claro que cada um tem as suas opiniões, mas é nestes momentos que elas se exacerbam ao ponto de não se conseguir analisar claramente a situação. Muitas vezes mal se percebe o que estamos a defender e porquê.

De facto, as questões sociais extremas trazem ao de cima o irracional do animal humano. São questões que não são exclusivas de nós humanos. Lidar com a diferença, a convivencia com outros, diferentes de os, é uma questão que todos os animais sobre a Terra têm de lidar no seu dia-a-dia.

Quanto aos animais irracionais, eles lidam com isso criando territórios próprios, reunindo-se em comunidades que são unidas por laços de afecto comuns. Esse espaço e comunidade é o reduto ultimo que qualquer membro está disposto a defender com a sua vida se necessário para sobreviver. A Natureza trata de fazer sobreviver aqueles que se impóem nessa luta.

Já no caso dos seres Humanos, temos algo que nos distingue dos outro animais. Somos inteligentes e capazes de não agir apenas com o instinto animal, mas com a capacidade de racioncínio e de análise. E também temos consciencia.
É claro que isso não evitou guerras terríveis, nem conflitos etnicos, nem mesmo a escravidão de povos. Mas permite-nos no dia-a-adia ter algum bom-senso e conviver melhor com as diferenças que nos rodeiam.

Mas as características animais continuam. Aliás, elas são o garante da nossa sobrevivência. Existe algo inato que nos leva a procurar aquilo com que nos identificamos e a afastar-nos daquilo que é diferente de nós.
O fenómeno da imigração faz com que, em consciencia, devamos combater esse instinto animal e conviver com outros povos, curiosamente com a explicação de que trarão benefícios há nossa sociedade(um motivo egoista portanto e não altruísta).

Enquanto a convivência pacífica existe, não há nem devem haver motivos para qualquer tipo de confrontos ou discriminações rácicas ou culturais. Mas a partir do momento em que grupo em minoria fazem questão de realçar e impor a sua diferença em relação aos outros com quem compartilham o espaço onde vivem, é inevitavel que os conflitos surjam.

Para preservar a paz, penso ser necessário que ambas as partes não tentem impor qualquer tipo de superioridade antagónica, ou a situação acabará num conflito social, onde, qualquer que ele seja, o mais forte ganhará e qualquer vestígio de humanidade se perde.

Saturday, June 11, 2005

Frank Luke (1897-1918) The Arizona Balloon Buster 

Frank Luke nasceu em Phoenix, Arizona, nos Estados Unidos da América a 19 de Maio de 1897.

Tenente Frank Luke em frente ao seu caça SPAD


Com 20 anos de idade alistou-se na força aérea americana e foi enviado para França para ser treinado como piloto de combate.

Em Julho de 1918 foi colocado no 27th Aero Squadron, uma das primeiras esquadrilhas de caça americanas operacionais.

Luke era um piloto audaz e solitário. Dava muitas dores de cabeça aos seus superiores por não respeitar ordens, mas a sua coragem era inquestionável.

Luke tinha apenas um amigo na esquadrilha, o introvertido Joseph Wehner. Era com ele que Luke voava em missões não autorizadas, para destruir balões de observação alemães.

Estes alvos eram muito perigosos de atacar pois eram protegidos tantop por armas anti-aéreas como por esquadrilhas inimigas. No entanto Luke atacava-os a alta velocidade, ignorando a tempestade de fogo á sua volta e escoltado por Wehner.

A 12 de Setembro de 1918, o exército norte-americano iniciou a sua Ofensiva final da Primeira Grande Guerra na áerea a Verdun. Nesse dia Luke destruiu o seu primeiro balão inimigo. No dia 14 destruiu mais dois, no dia 15 destruiu três,e no dia 16 destruiu mais dois.

No dia 18 de Setembro Luke e Wehner partiram para mais uma missão contra os balões alemães. Luke atacou dois balões inimigos e destruiu-os num minuto. Nesse momento foi atacado por três caças alemães. Manobrando rapidamente atacou um deles de frente e abateu-o. Atacou depois os outros dois derrubando um deles pondo o terceiro em fuga.

Luke procurou Wehner mas não viu sinais dele. Luke decidiu regressar á base, abatendo um avião de reconhecimento alemão pelo caminho.

Luke abatera 5 aviões inimigos em poucos minutos mas ficou consternado quando o informaram de que Wehner fora abatido por caças alemães pouco antes.

O comandante de Luke mandou-o uma semana para Paris em descanso, mas o jovem piloto só pensava em vingar a morte do seu amigo.

No dia 29 de Setembro de 1918 Luke(chamado pela imprensa "The Arizona Balloon Buster") estava de regresso, mas o seu comandante proibiu-o de voar nesse dia por achar que ele estava muito afectado. Luke ignorou a ordem e após levantar voo lançou um bilhete no seu aerodromo onde informava que iria atacar três balões alemães. Na base, os pilotos americanos observaram o avião de Luke dirigir-se na direcção dos balões...

Mais uma vez Luke lançou-se por entre uma furiosa barragem de fogo antiaéreo e destruiu os três balões alemães um após o outro. Mas uma esquadrilha de 8 caças alemães esperava o caçador de balões americano.

Após um curto mas furioso combate o caça Spad de Luke foi abatido pelo ás alemão Georg von Hantelmann.
Luke saiu ileso do seu avião mas..em território inimigo. Soldados alemães surgiam de todos os lados para o capturar.

Decidido a não se entregar Luke puxou do seu revolver e disparou contra os alemães enquanto tentava fugir. Os alemães responderam e Luke foi atingido mortalmente.

Luke era nessa altura o piloto da força áerea americana com mais vitórias(18) e só foi ultrapassado por Edward Rickenbacker(26), que sobreviveu á guerra.

Luke recebeu postumamente a Medal of Honour, a mais alta condecoração dos EUA.

O seu comandante, o Major Harold Hartney disse dele:

"Man, how that kid could fly! No one, mind you, no one, had the sheer contemptuous courage that boy possessed. I know he's been criticized for being such a lone-hander, but, good Lord, he won us priceless victories by those very tactics. He was an excellent pilot and probably the best flying marksman on the Western Front. We had any number of expert pilots and there was no shortage of good shots, but the perfect combination, like the perfect specimen of anything in the world, was scarce. Frank Luke was the perfect combination.

" Harold Hartney, Commanding Officer, 1st Pursuit Group "



Luke destroi um balão de observação alemão(Drachen)

Sunday, June 05, 2005

Karl Emil Schafer (1891-1917) 

Karl Schafer nasceu em Krefeld na Alemanha em 1891.

Foi soldado de infantaria nos primeiros anos da Primeira Guerra transferindo-se para a força áerea em 1916.

Derrubou o seu primeiro avião inimigo como piloto de observação mas no fim de 1916 integrou uma esquadrilha de caça a Jasta 11.

Em Janeiro de 1917, o Barão Manfred von Richtofen assumiu o comando dessa unidade e Schafer tornou-se um dos melhores pilotos de Richtofen.

Obteve 7 vitórias em Março e 12 em Abril atingindo as 23 vitorias e recebendo a Pour le Merite.

Em Maio recebeu o comando da Jasta 28, abatendo mais 7 vitórias até ao dia 5 de Junho. Nesse dia atacou um bombardeiro ingles pilotado pelos tenentes Harold Satchell e Thomas Lewis e após um combate de 20 minutos, Schafer foi atingido mortalmente.

Algumas memorias escritas por Karl Schafer podem ser lidas em:
http://www.rittmeister.org/leutnant/leutnantsmemories.html

Wednesday, June 01, 2005

Major Roderick Stanley Dallas (1891-1918) 

Roderick Stanley Dallas nasceu em 1891 em Queensland na Australia.

Em 1913 Dallas alistou-se no exército Australiano, e um ano depois, com a guerra na Europa, Dallas ofereceu-se para o Royal Flying Corps britânico , mas não foi aceite.

Determinado em tornar-se piloto, Dallas alistou-se no Royal Naval Air Service, que, menos relutante que o RFC o aceitou em 1915.

Dallas foi um dos pioneiros voluntários que voaram missões de combate pelo RNAS durante 1916 em aviões Nieuport Bebé, sobre os céus da costa Belga. No final de 1916, Dallas tinha 7 vitórias confirmadas, um score muito respeitável nessa altura da guerra.

No final de 1916, Dallas foi um dos primeiros pilotos a voar o novo Sopwith Triplane em combate. O modelo triplano foi uma inovação britânica de sucesso, apesar que este modelo não ter sido usado em grande número, e apenas nas esquadrilhas de caça navais.

No início de 1917 foi formado o Nº1 Naval Squadron, do qual Dallas se tornou comandante de secção.

No início de Abril a esquadrilha foi colocada no Somme para apoiar a ofensiva britânica nesse sector. Os combates com os mortíferos Albatros alemães foram intensos. As perdas do RFC foram enormes ás mãos dos ases alemães, e cabia a Dallas e aos seus pilotos tentar deter os caças inimigos. Nesse mês Dallas obteve 8 vitórias, 6 delas caças Albatros.

Dallas continuou a voar o Triplano até Agosto, altura em que a esquadrilha foi reequipada com o Sopwith Camel.

Até ao fim de 1917 Dallas aumentou o seu score para 22. A 12 de Março de 1918 abateu a sua 23ª vítima sendo colocado no comando do Nº 40 Squadron do RFC, no dia 1 de Abril.

Nessa esquadrilha, voando o caça SE5a, Dallas, agora promovido a Major, abateu mais 9 aviões alemães durante Abril e Maio.

No dia 1 de Junho de 1918, Dallas voava sozinho sobre as linhas aliadas quando três Fokker Triplanos alemães da Jasta 14 o atacaram de surpresa. O comandante alemão, o tenente Johannes Werner disparou sobre o avião de Dallas. O ás australiano, foi de imediato atingido na cabeça, morrendo instantaneamente.

O SE5a caíu na terra de ninguém, e Werner foi creditado com a sua 6ª vitória aérea.

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