<$BlogRSDUrl$>

Wednesday, November 30, 2005

Ouvido - The Party 

She was in a back room full of strange aromas
And noises and candles, that was where they found her.
They took her to a garden full of rain and silence
And she could smell the soil and the trees
and see the suculent light from the littles fires in his eyes pulling shapes out of the night...
She was enchanted.

And then its twelve o´clock and the last bus is gone
They´re gonna go crazy when they hear what she´s done
the higher is lower and the less is like more
She´s never been anywhere like this before...

And then it was yesterday
And he said "Oh by the way...welcome to your first party".


Marillion - The Party (1991)

Tuesday, November 29, 2005

Captain Jack Cottle (1893-1967) 

Jack Cottle nasceu a 19 de Junho de 1893 em Devon na Inglaterra.

A sua família emigrou para a África do Sul e Cottle cresceu lá. Em 1914 rebentou a Primeira Guerra Mundial e Cottle alistou-se num regimento de cavalaria Sul Africana, com 23 anos de idade.

Em 1917 Cottle juntou-se ao Royal Flying Corps e tornou-se piloto. Foi colocado no 45 Squadron, uma unidade de caça baseada em Italia, onde apoiava as forças italianas contra os Austro-Hungaros.

Aprendendo a pilotar o dificil mas manobrável Sopwith Camel, Cottle conseguiu abater o seu primeiro avião inimigo no dia 10 de Março de 1918,um avião de reconhecimento Austriaco, que partilhou com o seu companheiro Richard Dawes.

Alguns dias mais tarde Cottle foi ferido em combate a passou quase um mês em recuperação. Regressou à sua unidade em Maio e no dia 18 desse mês abateu um caça Albatros. Cottle conseguiu abater aviões inimigos com regularidade e em poucos meses foi promovido a Capitão.

O seu melhor dia foi o dia 31 de Agosto. A sua patrulha encontrou a esquadrilha de caça Austriaca Fliegerkompanie 3 pelas 9.30 da manhã. Após 15 minutos de combate Cottle tinha abatido três caças Albatros, capturando o ás Josef Purer e ferindo gravemente outro ás Otto Forster.

Essas foram as suas ultimas vitórias em Itália. Em Setembro o 45 Squadron regressou a França. Durante combates nos ultimos dias da guerra Cottle abateu mais dois aviões alemães até ao armistício no dia 11 de Novembro de 1918. O seu total de vitórias cifrou-se em 14. Foi o quarto melhor ás da sua esquadrilha.

Depois da guerra Cottle continuou na RAF sendo colocado primeiro no Iraque e depois na India. Retirou-se em 1942 e viveu na India até á sua morte a 15 de Agosto de 1967

Wednesday, November 09, 2005

Pilotos que usaram pára-quedas na Primeira Grande Guerra 

O pára-quedas era ainda um utensílio mas desenvolvido na guerra de 1914-1918, e era apenas usado pelo observadores de Balões, que só assim se podiam salvar quando o seu balão era destruído ou se soltava.

Quanto aos aviadores, não usaram páraquedas durante todo o conflito e quando eram abatidos, a única chance de sobrevivência era tentar contreolar o avião e tentar aterrar de forma mais ou menos segura.

A excepção à regra foram os alemães no último ano de guerra. O engenheiro Heinecke desenvolveu um páraquedas apilacdo aos pilotos da força aérea. A filosofia era que um piloto que se salvasse poderia voltar a combater um outro dia, numa altura em que a falta de recursos e de homens se fazia sentir no lado alemão.

Já aos aviadores aliados foi recusado o uso do pára-quedas, por incentivar a um fácil abandono do avião por parte do piloto.

O primeiro aviador a utilizar o páraquedas depois de ser abatido foi o sargento Otto Weimar da esquadrilha de caça 56 , que saltou do seu avião em chamas no dia 1 de Abril de 1918. No entanto o seu pára-quedas não funcionou e Weimer morreu.

No dia 1 de Junho de 1918 os tenetes Paul Billik e Wilhelm Sanit-Mont da esquadrilha de caça 52 foram abatidos. Billik conseguiu aterrar apenas ferido mas Saint-Mont, com o avião em chamas teve de saltar para salvar a vida. O pára-quedas não abriu a tempo e Saint-Mont perdeu a vida.

Finalmente no dia 27 de Junho de 1918 o tenente Helmut Steinbrecher da esqudrilha de caça 46 foi abatido, e slatou de pára-quedas conseguindo que ele se abrisse pouco antes de chegar a terra. Steinbrecher sobreviveu e foi o primeiro piloto a conseguir salvar a vida com um pára-quedas. Conseguiu sobreviver à guerra e tornou-se um ás com 5 aviões inimigos derrubados.

Apenas dois dias depois foi o ás Ernst Udet, da esqudrilha 4 que foi abatido. Ao saltar do seu avião, o seu pára-quedas ficou preso na cauda do aparelho e Udet foi arrastado por segundos até se conseguir soltar. O pára-quedas abriu pouco antes de chegar ao solo, sofrendo Udet apenas um tornozelo torcido. Udet combateu até ao fim da guerra e foi o segundo melhor ás alemão com 62 derrubes.

A partir daqui foram vários os pilotos que tentaram usar o pára-qwuedas, alguns com sucesso outros não.

Dois casos de sucesso in extremis foram, no dia 7 de Outubro de 1918, o tenente Herbert Boy, da esqudrilha 14, que foi abatido e o seu avião ficou em chamas. Boy conseguiu saltar do seu avião mas o seu pára-quedas quando abriu estava a arder. Mesmo assim amparou-lhe a queda entre as tropas aliadas. Boy coi capturado um pouco chamuscado, mas vivo.

Outro caso foi o do tenente Wilhelm Kohlbach da esquadrilha 10. Kohlbach combatia caças norte-americanos sobre a França quando subitamente um deles colidiu propositadamente com o seu Fokker. Os dois aviões caíram fora de controlo, mas Kohlbach conseguiu sair do seu cockpit durante a queda e fazer abrir o seu pára-quedas sobrevivendo à aventura. A mesma sorte não teve o seu adversário o tenente Wilbur White que morreu na colisão.

Monday, November 07, 2005

Sven Hassel - excerto 

Miudinho estava a enrolar um cigarro com muito cuidado. Durante os quatro meses em que estivera no hospital apanhara conscenciosamente todas as beatas que a malta deitava fora e agora possuía um enorme saco de tabaco. A pobreza ensinara-o a não deitar nada fora, tudo podia vir a servir.

- Achas que me darão uma licença se me casar com a Emma? - perguntou passando pelos lábios a mortalha do cigarro.

O legionário desatou a rir:
- Claro que não. O Hauptfeldwebel dirá que tu és o idiota do regimento e que os idiotas não se devem casar. E, realmente, vendo bem as coisas, para que é que hás-de ir fazer viúva uma menina tão gentil?

- Cala-te praí! Sabes muito bem que a Emma não é nenhuma menina gentil. É um tanque que pode aplicar uma tareia ao Hauptfeldwebel Edel de que ele não se recomporá.

- Edel dir-te-á que a morte do herói é a tua única hipótese, senão irás parar a um campo de extermínio como perigo público!
Esta evocação levou-nos a fazer um carão.

- Não percebo - disse Miudinho.
- Não me digas! - gozou Bauer
- Não passo dum porco saído duma casa de correcção. A minha mãe estava-se nas tintas para mim e para os meus irmãos e nunca vi o meu pai sem ele estar bêbado. No internato, ou nos batiam ou nos batíamos uns aos outros. Há para aí alguém que saiba o que é uma casa de correcção? - Ninguém respondeu - Não, já calculava. É o Inferno. Não havia escola. Não precisarão dela para nada, dizia o director, um padre despadrado da Turíngia, já muito velho. Dizia-se que fora amante da mulher do organista e que o haviam expulsado da igreja por causa disso. E realmente era verdade que para arrastar postes de ferro ou abrir fossas não era preciso ler nem escrever. Depois fiz-me soldado- porque não se esqueçam de que eu sou do activo, não sou reservista. Disseram-me : Partes para a guerra para defenderes a Pátria. Perguntei aos meus botões porque é que eu havia de defender a Pátria, que nunca fora boa para mim, mas também não era por minha causa que estávamos em guerra. Então comecei a defender a Pátria. Contra os bárbaros, inimigos sem piedade disseram eles. Está bem. E lá comecei a combater os bárbaros, inimigos sem piedade. Lá no alto eles lá devem saber o que fazem, Miudinho, porque são mais espertos do que tu. Tu não passas duma cabeça de gado. Disparei para onde me mandaram, pus-me em sentido, pirei-me quando me diziam pira-te. Edurante seis anos passeei com a galinha nazi ao peito.

Miudinho parou e olhou-nos com um ar de malandro.
- Mas agora isto é diferente e ando atormentado. Estou noivo e vou ter vinte e três filhos com a melhor mulher do mundo. - Limpou com a mão rude o rosto grande. - Há aqui ualquer coisa errada. O outro lado, o de Cracóvia, de Kiev, de Sebastopol e doutros sítios onde defendemos a Pátria, se lhes dizíamos: Ouve lá, Ivan Ivanovitch, porque é que me disparas para cima?, respondia-nos: Camarada Fritz, não tenho dúvidas, o pai Estaline disse que era isso ou um tiro na barriga! - Miudinho bateu com a mão na cabeça: - Digam-me lá se não andamos cegos, tanto nós como eles?

O legionário olhou à volta, fechou precipitadamente a porta do corredor e disse brutalmente:
- Cala a boca urso! Senão enforcam-te, quer o Ivan compreenda ou não.
- Mas é isso mesmo que eu digo! - gritou o Miudinho. - Em toda a parte nos explicam o que temos a fazer, mas aqui dizem-me só: Calado! Faz o que te dizem ou lixas-te! Eu cá não percebo.
- Não tem importância nenhuma. Obedece. É mais saudável para ti como para nós. Se pensas muito ficas doente. A tua cabeça não é para isso, é boa para trazer o capacete e para mais nada.

Miudinho encolheu os ombros.
- És capaz de ter razão, nómada.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?