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Monday, December 26, 2005

Roland Garros (1882-1918) 

Roland Garros, para além de dar nome a um dos mais conhecidos torneios mundias de tenis, o open de frança, foi também um piloto aviador durante a primeira guerra mundial.

Nasceu em França em 1882, efoi um dos pioneiros da aviação, tornando-se piloto antes da guerra começar em 1914. Em 1911 foi o primeiro fraces a atravessar o Merditerraneo de avião.

No início da guerra Garros trabalhava como piloto de testes da firma Morane-Saulnier, e ajudou a desenvolver o primeiro avião de caça da história, o Morane S.

Garros inventou um sistema que permitia uma metrelhadora ficar montada em frente ao piloto e que podia disparar através da hélice do avião com um sistema deflector que impedia que as balas destruissem as hélices.

Conseguiu testar a sua invenção durante 1915. Numa altura em que os combates aéreos eram praticamente inexistentes, Garros partiu em busca de aviões inimigos. Avistou cinco aviões de observação alemães que não o consideravam ameaça e portanto ignoraram-o. Garros aproximou-se deles e com a sua metrelhadora derrubou 3 deles e pos os outros dois em fuga.

Este sucesso tornou-o uma celebridade e modelo a imitar por todos os pilotos franceses. No entanto pouco tempo depois, foi forçad a aterrar em território inimigo por falha mecanica e capturado. O seu Morane foi analisado pelos alemães e permitiu ao engenheiro holandes Anthony Fokker desenvolver o seu Fokker Eindecker, com que os alem~es dominaram os céus durante 1916.

Garros ficou em cativeiro até Fevereiro de 1918, altura em que conseguiu escapar e regressar ao activo.

O combate aéreo havia mudado muito nesses 3 anos. Garros foi incorporado na esquadrilha 26 pilotou o caça Spad, o mais avançado daquela época. Garros tentou derrubar inimigos, mas não conseguia, e por isso arriscava-se cada vez mais. Por fim no dia 15 de Outubro de 1918 acabou por ser abatido e morto por um piloto alemão.

A guerra terminou menos de um mês depois.

Thursday, December 22, 2005

Numa festa dos SS 

Excerto do livro "Camaradas de Guerra de Sven Hassel. A cena passa-se num festa SS em 1944, para onde um dos camaradas de Hassel, o tenente Ohlsen foi convidado.


" Houve alguém que deu uma pancada nas costas do tenente. Era um jovem Sturmbannfuhrer SS que tinha ao pescoço a Cruz de Ferro. Cosera numa das mangas uma fita negra onde se lia "Liebstandarte SS Adolf Hitler". Uma tremeda fila de condecorações enchia-lhe o peito
-Uma cerveja de Ingefar camarada? - perguntou o jovem major.
Era a primeira vez que naquela noite chamavam camarada ao tenente.
Espantado, Ohlsen levantou os olhos.
-Cerveja de Ingefar?- disse ele- isso faz-me nauseas.
Levantou o jarro, bebeu lentamente mas tossiu. O major SS começou a rir e meteu o nariz no jarro.
-Santo Deus, isto é forte!
-Claro que é forte. Para se viver tem de ser assim - acrescentou o tenente.
O major SS abanou a cabeça e olhou em volta da sala.
-Que porcaria!
Ohlsen não respondeu; o que pensava ainda era pior.
-Quando a guerra acabar teremos de prestar contas por tudo o que estes tipos tiverem feito - disse o major.
-Crucificam pessoas.
-É verdade - disse o SS. Inclinou-se para o tenente e segredou-lhe: - Sabes o que é que eu vou fazer camarada? Vou-me matar. - Olhou outra vez à volta e desenhou-se-lhe um sorriso irónico. - E vou matar-me aqui no meio desta horda!
-É uma parvoíce - disse o tenente.
-Talvez camarada, mas há-de-lhes fazer alguma coisa.
-Estás bêbado?
-Claro que não - afirmou o major SS, que teria quanto muito 25 anos. Era muito alto e magro. Os seus cabelo lembravam a cor do trigo maduro, os olhos cor do céu num dia quente de Agosto. Era muito belo.
Levantou-se e endireitou-se inteiramente:
-Olha lá camarada! - Dirigiu-se a um general carregado de condecorações da Primeira Guerra Mundial que ostentava ao meio o emblema do Partido Nazi. Uma honraria qualquer ornava-lhe a manga direita. O jovem oficial agarrou-o pelas bandas do casaco, onde luziam as Folhas de Carvalho de Prata. Sorriu e disse muito alto:
- SS Gruppenfuhrer, vai assistir a uma coisa muito divertida, a uma graça fora de série!
O general, que já tinha passado há muito os 60 anos, olhou irritado para o oficial esbelto e alto.
-E qual é essa graça?
O jovem oficial teve um riso encantador e contagiante. Ohlsen bebeu mais um bocado e atirou-se para trás. Sentia-se convidado especialmente para o que ia seguir-se
O major apontou com o indicador para o general.
-SS Gruppenfuhrer, o senhor é um criminoso, um infame criminoso nazi!
O general deu um slato para trás. O snague esvaíra-se-lhe do rosto inchado e ficou boquiaberto...o major sorria.
-Vocês os tipos dos campos e dos serviços da polícia são uma cambada de monstros e de assassinos, mas para vossa agradável surpresa venho informá-los de que perdemos a guerra. Os colegas do outro lado da frente vão a caminho de Berlim e vão depressa!
Uma mão agarrou-lhe o braço, que o major abanou brutalmente.
-Tire as patas sua besta!
O homem que o agarrara largou-o lgo e recuou um passo.
O jovem agarrou no revólver e carregou-o. Fez-se um silêncio de morte.
O general e os restantes olhavam hipnotixados para o pesado revólver do exército que o major tinha na mão.
-Tenho vergonha do uniforme que trago no corpo. - disse o major vagarosamente e pronunciando muito bem cada palavra- Tenho vergonha pela minha mãe alemã, tenho vergonha deste país que dizem ser meu, em verdade lhes digo que espero que os nossos vencedores sejam suficientemente sensatos para os fuzilarem a todos como um bando de hienas que vocês realmente são e que os pendurem com os vossos própeios cintos nas paredes dos vossos quarteís e das vossas prisões.
Apontou o revólver á berriga, depois enconstou-o e disparou.

O revolver caiu. Omajor balouçou um pouco mas não caiu. Agarrou então no seu punhal de parada, uma arma aguçada que pendia duma corrente que trazia de lado e, sem parar de sorrir enfiou-o lentamente nas entranhas, abrindo da esquerda para a direita uma grande ferida. O sangue corria-lhe pelas mãos. Tornou a balouçar como uma árvore na tempestade e por fim caiu de joelhos. "Por esta é que vocês não esperavam, assassinos!" parecia ele dizer, mas os lábios não se lhe abriram.
Levantou-se com um esforço enorme e logo a seguir tornou a cair. Olhou para o tenente, que continuava escarranchado na cadeira, levantou a mão com se estivesse a saudá-lo. Uma mão ensanguentada.
-É belo camarada, não é? - sussurrou.
Os olhos começaram a ficar baços, mas continuou a sorrir. Estenderam-o em cima de uma mesa.
Houve alguém que lhe abriu o uniforme e a parte de cima das calças. O moribundo olhou para o rosto barbudo do oficial que se inclinava para ele.
-Todos para trás! A minha pena é não os ter visto enforcados! Que dores Senhor, que dores...se calhar era uma parvoíce camarada....
(...)
O general lívido, inclinou-se para a mesa onde o tinham deitado, e o seu rosto, subitamente passara a ser o de um homem muito velho. Com um esforço que ninguém julgaria possível, o moribundo levantou-se com fúria. Saía-lhe sangua pela boca. Tossiu, gaguejou um insulto. O general ficou todo espirrado de sangue, o que o enfurecou. Ouviu-se a palavra "porcaria". Uma protituta chorava.
O major tornou a cair pesadamente sobre a mesa. Agora já não lhe doía...Sentia-se bem ...Muito bem mesmo...e morreu.

Tuesday, December 06, 2005

Ltn Theodor Quandt (1897- 1940) 

Theodor Quandt nasceu em 1897 na Prussia Oriental.

Na Primeira Guerra Mundial tornou-se aviador, e durante o ano de 1916 foi piloto de aviões de observação noa Força Aérea alemã.

Em 1917 completou o treino de piloto de caça e ingressou na Jagdstaffel(esquadrilha de caça) nº 36 no mês de Abril desse ano. Ficou sob o comando do ás Albert Dossenbach.

As suas primeiras vitórias ocorreram no dia 21 de Maio quando destruiu dois balões de observação franceses sobre a localidade de Bouvancourt.

Em Agosto a esquadrilha foi transferida para a Flandres onde iria defrontar a aviação britanica.

Aí, sob o comando do jovem conde de Bulow-Bothkamp, a Jasta 36 tornou-se numa das melhores esquadrilhas alemãs nesse sector. Até ao fim de 1917 Quandt abateu 6 aviões ingleses, subindo o seu total para 8.

No início de 1918 Quandt foi chamado para treinar e comandar uma nova unidade, a Jasta 53. Comandou essa unidade entre Março e Junho de 1918 sem conseguir registar nenhuma vitória confirmada, até que foi ferido durante o mês de Junho.

Recuperado em Agosto, Quandt foi chamado a comandar a sua antiga unidade, a Jasta 36, agora integrada no Grupo de Caça nº 3 sob o comando do ás Bruno Loerzer.

Pilotando o grande caça Fokker DVII, Quandt abateu dois caças Camel ingleses no dia 27 de Agosto. em apenas 10 minutos.

No dia 1 de Setembro abateu um caça SE5a caputrando o seu piloto o ás norte-americano John Donaldson. Nos dois dias seguintes obteve mais quatro vitorias subindo o seu total para 15.

Até ao fim da guerra a 11 de Novembro, Quandt não obteve mais nenhuma vitória mas permaneceu como Staffelfuhrer da Jasta 36.

Sobrevivendo á guerra, Quandt foi um dos muitos veteranos da Primeira Guerra que ingressou na nova Luftwaffe de Adolf Hitler, procurando repor o prestígio da Força Aérea alemã, desmembrada após o Tratado de Versalhes em 1919.

Aquando do início da Segunda Guerra Mundial, Quandt era um piloto de caça com o posto de Major voando o Messerschmidt 109 na campanha da Polónia. Em 1940 participou na invasão da França. Cerca de vinte anos depois Quandt voltava a combater caças ingleses sobre a França, mas desta vez acabou por ser vencido, sendo morto em combate no dia 6 de Junho de 1940 por caças da RAF aos 43 anos de idade.

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